Essa insônia poética dos meu carneiros…

Essa insônia poética dos meu carneiros…

gosto do ritmo. sobretudo. muito. as palavras não brigam entre si. harmonizam-se. harmonia sente-se em cada verso. diversos. sem exceção. não raras vezes a ironia sorri. gargalha. as palavras brincam de pular amarelinha. aqui. ali. acolá. leio poemas. agora. nenhum verso é castrado. nem o poema. leio poema. é noite. noturno.nos turnos…

 

Noturno

(Sérgio de Castro Pinto)

nenhuma ovelha
pula a cerca
de minha insônia

abato a todas.

e quanto à lã,
serve de enchimento
para o travesseiro.

serve
– a cada manhã –
para travestir-me
de cordeiro.

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