banco de praça ? não. um banco fora da praça. essa é a primeira visão depois dos raios de sol que caem todos os dias no meu quintal. o clima é de quem não espera que a manhã se vá para se fantasiar de luz para o dia seguinte.
olho o banco e nele me vejo sentado a contar o tempo que não passa e no entanto eu envelheço. uma vida cheia de altos – mais altos – e baixos. notas graves e outras agudas. os altos são graves. baixos.
o meu pai tocava clarinete. o seu banco era lá no alto. sonhava. dona chiquinha também. sonhamos. de que matéria é feita os nossos sonhos ?
no banco continuo sentado. continuamos. o tempo passa por ele. nós também. tergiverso. divago. no banco vou continuar sentado.
fora dele o tempo passa.