A festa acabou três

A festa acabou três

É fogo, irmão, é fogo, diria o Vinícius de Moraes. E nada de em cima uma laje e embaixo a escuridão. Para mim, por enquanto, em cima é o céu azul e embaixo um campo mais verde do que a mais verde das esperanças. O pior, otimista que aprendi a ser, apesar das crises de pessimismo que me impede de acreditar em uma nova manhã, já passou. Depois das tempestades, todos sabem, se o sujeito não passar com ela, escapar, vai gostar tanto delas que jamais deixará de correr ao seu encontro.

Se estou de peito lavado? E a alma também. E estaria “mais limpo” ainda se essa minha escolha, aquela do “menos ruim” tivesse sido realmente a melhor. Esse povinho que vi tão alegre pelas ruas carregando bandeiras que não eram dele, amarelinho de fome ou vermelho de raiva por não ter o que comer, merecia pelo menos nesses quatro anos ser um pouquinho mais feliz.

Ai dos vencidos!Chorar sobre o leite derramado apenas vai piorar a coisa. Você vai tomar leite com água. Os meus, esses, infelizmente foram eleitos. Só não votei em branco, porque temi ser acusado de racista. Mas confesso que depois de votar, saí um pouquinho desconfiado. Apesar do otimismo que falei aí em cima, desconfio que as “coisas por aqui estão pretas”. No final, porém, podem anotar: eles vão comemorar e o povinho, esse mesmo que carregou bandeiras que não eram dele pagará a conta. Está pagando.

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