Foi sexta-feira. A passada. Eu que não andava saindo as sextas nem em outros dias, sobretudo nas noites desse dia, sexta-feira, fiz questão de estar presente. Melhor: fizemos.
Afinal, não é todo dia, mês ou ano que o poeta, romancista, contista e jornalista Políbio Alves lança um de seus sofridos – sempre – “filhos de letras”. Agora foi a vez do belo e forte “A leste dos Homens”. Estivemos lá.
A apresentação do amigo de infância e também jaguaribense, claro, Milton Marques Júnior esteve à altura do livro do poeta. Excelente. Também nada mais natural. Milton dispensa comentários. E resenhas.
Nesse momento, exato momento, pela segunda vez, sem pressa, “devoro” essa obra polibiana. “A Leste dos Homens”. Sintam: “Grupos oligárquicos de mentalidade agropastoril, que dominam as finanças, o povo, o país”.
Eram esses os monstros que devoravam o verde-amarelo – ainda temos muitos resquícios desses – nos tempos em que Políbio, para que a mãe distante não sofresse com a notícia, engolia calado a sua revolta!
Um livro sofrido. Ver-se logo no ótimo documentário do Hélio Costa, “Eis aí o poeta!”, o quanto sofre o poeta ao lembrar um passado que esteve sempre presente nele. Mas, finalmente, falou. E como bem ressaltou o excelente Milton Marques Júnior, “Falar é catártico”.
Falou, finalmente, o poeta.
Outro dia, com menos sofrer, falarei mais um pouco do “Leste” do poeta Políbio Alves. Agora, agradecido e muito com a homenagem – esse livro, “A Leste dos Homens”, é para Humberto de Almeida (e os amigos que vocês veem) – foi somente para tornar público esse agradecimento.
Sei o que é gratidão. E nada tenho daquela “companheira inseparável” de que falou um dia o poeta. Portanto, obrigado meu irmão-poeta Políbio Alves, estamos e somos feitos do mesmo pó da estrada!