A culpa da lembrança não foi ele. Ele nunca foi culpado. A culpa – pelo menos agora – eu boto na presidente Dilma. Foi ela com a sua homenagem a Mandioca que me trouxe a lembrança. Em tempos outros, anos 80, era ele, o meu pai, o Compadre Heráclito, quem perguntava ao menino ainda quase Jaguaribe: por que o guarda civil não quer a roupa no quarador (ou quaradouro)? O guarda civil pode proibir que se estenda roupa no quarador? Que poder era esse do guarda civil ? Eram muitas as perguntas. Eu? Não respondia uma só! Também não sabia. Estive com Raimundo Sodré uma vez apenas. E sem a lembrança naquele momento não fiz as perguntas que o meu velho pai me fizera naquele dia. Ele saberia responder? Não sei. Talvez. Só gostaria de lembrar que gostava daqueles versos que diziam “A dor da gente é dor de menino acanhado /Menino-bezerro pisado no curral do mundo a penar…”. Agora a presidente Dilma lembra a “mandioca”. Achei massa. Raimundo Sodré também. Acredito. Ah, gostei da chula e do samba de roda. Uma novidade naquele festival.