Hoje não vou de música nem de poema nem de cinema – vou de poeta. Paulo Leminski. Ele não somente dizia aquilo que o povo em poesia gostaria de ouvir e precisava e precisando continua. Sim. A poesia é necessária. O Poeta tem que existir para dizer com poesia o que muitos não conseguem. Paulo disse. E outros disseram. Muitos continuam dizendo.
Mas não é a poesia de Paulo que agora me deixa ilha cercado de bem-estar por todos os lados. É o poeta se interrogando sobre a necessidade da explicar a sua poesia e de poetas outros. Ela não precisa nunca de explicação. Nunca! E tem razão: existe e fim de papo.
Também sou puto quando as pessoas se enchem de interrogações não somente em relação a poesia ou arte outra, mas especialmente sobre a vida. Ou mesmo sobre a arte de viver.
Por quê? Por quê? Por quê? Ora, para muitas coisas nesta vida não existem porquês! Elas existem e estão aí abertas para aqueles que não perdem tempo com perguntas inúteis sobre a sua existência. A poesia também não precisa de explicação. Nem a vida. Chega de tantos porquês inúteis! Por quê? Ora, porque não é viver!