a vacinha e a imortalidade nos rostos de nos pobres mortais

a vacinha e a imortalidade nos rostos de nos pobres mortais

Não tomei ainda a vacina que me vai levar a viver ainda cem anos ou mais um pouco! É estranho essa longevidade nesta curta vida, não? Pois é.   Mas é o que leio nos rostos daqueles que levam no braço ou na bunda – não sei se acontece – a vacina que mata ou espanta o Corona lá para as bandas da banda chinesa de onde ele veio.

O mais hilário – gosto da palavra – é que os tomadores de vacina nem precisam mais esconder a idade como muitos ainda não vacinados escondendo continuam. Simples: se não furarem a fila da vacina antes de uma furada no braço ou na bunda, não têm como negar a idade.  Negócio seguinte: sabendo-se o dia em que esse ou essa foi furada, sabe-se a idade que por muito tempo esses ou essas esconderam. 

A sensação que os vacinados me deixam depois de furados por essa vacina que o Bozolouco disse ser uma mentira e que transformaria muitos em jacaré, é a de que vão agora viver mais que o Barbosa Lima sobrinho e o Oscar Niemeyer juntos. Acreditem.  A Rosa eu vimos nos rostos deles!

 Mas , calma, calma… calma! Ainda não é o fim da picada. Não estou dizendo isso. Nem mesmo para os viciados nessa. Depois de uma a outra está a caminho. Acho que são vinte e oito dias depois da picada primeira. Foi o que me disseram. Isso se alguma politizada pedra não a atrapalhar.

Nesses dias de vacina tenho feito questão de olhar nas caras dos vacinados. Todos felizes! O mundano mundo pertence a eles!  A injeção não é apenas de ânimo, mas uma promessa de que o paraíso, o céu ou inferno, dependendo da crença de cada um não está mais tão próximo quanto antes dela.

Se eu acho ruim esse ar que vejo nos rostos dos vacinados? Maravilhoso! É o que acho e sinto. Nem se fosse um prêmio conquistado (a “imortalidade”) por esses que se julgam “imortais” somente porque acomodam suas bundas sujas na cadeira de uma dessas muitas academias literárias lhes deixaria mais felizes. Os meus amigos “imortais”? Esses são mesmo! Nunca morrerão para este MB.

O que mais me impressiona é ver e sentir como se depois da vacina os vacinados ficassem imunes a qualquer – desculpem, não encontrei outra palavra – desgraça nesta vida para muitos dela cheio.  Tudo escrito nos rostos desses!  No meu caso? Não! Nenhuma possiblidade de assim pensar.

Sem ou com vacina sou um sujeito que traz a marca da gratidão no rosto como tatuagem. Sou grato a tudo. Até mesmo ao que pedi, busquei e não consegui. Não era a hora, penso nessas horas. Mas tudo sem aquele conformismo de que as coisas estão tão boas que não lutarei para melhorar essas coisas. Não sou assim. Sei que não viverei eternamente. Ninguém. Mas eternamente , acreditem, eu não gostaria  de viver. Falo por mim. Viver e não morrer acabaria virando outro saco.

A verdade é que essa vacina que o Bozolouco disse que não servira nem para espantar o mosquito da dengue ou da Zica,  se não disse deixou no ar,  assim como os mosquitos transmissoras dessas, está trazendo as nossas vidas de volta. Não à imortalidade, não pensem assim. Mas  é a expressão que vejo – insisto- nos rostos dos vacinados. Algo assim como se vacina estivesse dizendo “estou fazendo o possível” para que você não seja convocado para a próxima pelada nos campos do céu!

Que venha, pois,  a nossa! Não a imortalidade, mas a vacina!

coronavirusss

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