Pelo menos um dos meus dois leitores sabe que gosto muito das charges e cartuns de Adão Iturrusgarai. Entretanto, aqui, neste singular espaço, não falarei sobre o Adão. Pois o Google, esse Freud da época moderna que tudo sabe e explica, tá aí para isso mesmo. Nada direi sobre o autor.
São os personagens criados por Adão que chamam a minha atenção. Adão é muito bom em traços e ideias. E sabe ser econômico como poucos chargistas/cartunistas da terra de Henrique de Souza Filho.
Mas, aproveito esse parágrafo, o terceiro, para dizer que assim por extenso serão poucos os que saberão dizer que esse aí do segundo parágrafo é Henfil. O mineiro criador dos Fradim, Bode Francisco Orelana, Graúna, esse “provocativa menina”, e o excelente Ubaldo, o paranoico.
Fico por aí nesse parágrafo que passou. Afinal, a bola da vez é Adão Iturrusgarai. O Henfil pulou da memória tão somente pelo fato de ter sido um dos mais econômicos – em traços e ideias – cartunistas/chargistas do Verde-amarelo.
Pois é. Mas o Adão, assim como o Nani, também excelente, é de uma economia nesses mesmos requisitos – ideia e traços – que estou para encontrar outros. Depois do econômico Henfil, esses realmente são insuperáveis. O Redi? Também tem muito disso.
O interessante é que os cartuns de Adão, esses por serem tão bons, nascem e logo se tornam Charges. Pausa. Sobre essa, a charge, o Freud dos nossos tempos também pode explicar melhor que este Malabarista de palavras. A charge é passageira. Pronto. Disse. O Cartum é atemporal. Disse também.