Ele fazia com a bolinha branca, pequena, usando o raciocínio rápido e um treinamento apurado, o que não conseguíamos fazer com a bola grande de campo ou a pesada de salão. Usava apenas uma das mãos. A direita. Nós os pés. Os dois. Sobretudo os ambidestros.
Foi campeão algumas vezes e vices vezes outras. O nome dele? Jose Maria Teixeira de Carvalho. Mas, para muitos, esses praticantes do esporte em que foi craque, somente o conhecem por Teixeira. A sua marca é o seu nome. Teixeira.
Ninguém se arvorasse – nem se arvore – a dizer que era – e continua – somente um jogador de “ping-pong”. Não é. Nunca fora. E ele sabe melhor – muito – que os brincalhões, esses por mera brincadeira ou total desconhecimento, que “ping-pong” é uma coisa e tênis de mesa, embora a semelhança seja enorme, raquetas, rede atravessando uma mesa de madeira e bola do mesmo tamanho, praticamente outra.
O seu esporte, tênis de mesa, é Olímpico. Tem regras próprias. E o primeiro, ping-pong, é lazer. O segundo, tênis de mesa, esse que ele pratica e hoje ainda pratica muito bem é um esporte olímpico que requer do atleta muito mais que o requerido de um simples praticante de ping-pong.
Não se sabe de outro esporte que ele pratica. E, se pratica, com certeza não será tão bem quanto esse, o tênis de mesa, que todos sabem ser por ele praticado. Hoje, sem aquela de dizer que “cada um tem a idade que deseja ter”, uma deslavada mentira, sabe que os anos não mais lhe favorece nesse esporte que requer, embora poucos percebam, bom condicionamento físico e um raciocínio rápido como um chute do Bruce Lee em seus melhores dias.
Ele é um atleta e sujeito que duvido alguém ter algo contra ou encontre motivo para dizer não ser ele um bom sujeito e atleta não menos bom. Teixeira. Um profissional da química que aprendeu a reagir num piscar de olhos para rebater as bolas mais rápidas e difíceis.
O tênis de mesa, por muito tempo, teve nele o melhor representante de sua – dele, nossa – empresa. Outros também praticaram e até venceram torneios e/ou campeonatos entre trabalhadores. Ele, porém, foi além. A sua mesa era maior. Muito. E, por isso mesmo, levou toda a sua habilidade e conhecimento desse esporte além da “mesa-parahyba”.
Se valeu? Por onze sets!