Comendo Cocô e Estourando o Coco!

Comendo Cocô e Estourando o Coco!

O brasileiro – Não todo! Não todos! – não sabe mesmo o que deseja comer. Não fica só por aí. Também nunca soube em quem votar.  A prova maior é que não tem uma vez em que ele vote num candidato e na próxima semana, o  candidato,  eleito ou não, esqueça o seu nome. Isto é, o nome do candidato em que votou.

 Agora em se tratando de comida, mesmo os famintos não sabem o que desejam comprar para comer, e podendo comprar não sabem o que desejam. O velho, melhor, o velhíssimo Cícero já  dizia que o melhor tempero da comida era a fome. Uma frase que a minha mãe Dona Chiquinha costumava dizer e que nunca duvidei que  fosse dela essa frase. E sabe de uma coisa? É dela e dela essa frase ninguém nunca tomará!

 Mas, continuando, lembro que somente anos depois, já grandinho, soube que um Cícero, o Marco Túlio Cícero que nada tem do nosso atual prefeito Cícero (Lucena) que de filosofia nada ou pouco entende fez a descoberta primeiro:  “O melhor tempero da comida é a fome”, disse o tribuno.  

Não entrarei na história de Cícero porque vocês sabem e os que não sabem basta consultar o doutor Google. O Freud dos nossos tempos. O Google tudo explica. A história da minha mãe, porém,  e a  sua descoberta –   repito: a frase é dela e fim de papo – sobre o melhor dos temperos para a comida, seja essa qual for, são poucos os que conhecem.  Mas, para esses poucos, não a contarei agora. 

Agora, porém, andando de saco cheio e meio com tudo que acontece ao nosso redor não tenho saco para contar. Tem mais: a história da vida e de vida e o que nesta vida ela escreveu é bonita demais para enfeá-la com as minhas mal-traçadas palavras.  Lembrando o que eles disseram: a fome é o melhor dos temperos.

Mas a minha mãe e Marco Túlio Cícero (106-43 a.C) o político, filósofo e orador romano não esperavam nunca que a “comida” vendida aí, descrita nesssa tabela enviada pelo meu bom genro Cláudio que nada tem a ver com excelente cartunista gaúcho Clarudius (Sylvius Petrus Ceccon), também necessitasse da fome para fazê-la melhor, facilitar a sua – dela, da “comida”. –  ingestão.

 Assim, como falei no comecinho destas mal-traçadas, se o povo brasileiro vem engolindo sapos e lagartos e outros bichos menos degustáveis e continua de bico calado, vendo tudo mas bico calado, esse cocô ele come e arrota caviar.   Admirado ficarei  se em  muito breve essa comida não estiver sendo vendida livremente em bares, restaurantes, feiras livres e outros. Anotem aí:  pelo andar da carruagrem até os cavalos precisarão provar da própria  comida cagada. 

 O pior e  o mais pior, como diriam muitos, será quando esse “alimento” estiver em falta. Aí, meus dois leitores, haja nego a morrer de fome! E alguns ainda, desesperados, sem o que comer para produzirem o próprio alimento, estourarão os cocos (sem acento) com os revólveres –  dinheiro para comprar eles não têm –  emprestados por outros. 

cardápio claudio

 Pois é, vamos estocar “comida”. Por que em breve, muito em breve, sobretudo agora com a pandemia corona, muitos irão precisar comer.

Compartilhar...Share on FacebookTweet about this on Twitter

Deixe uma resposta

O seu endereço de email não será publicado. Required fields are marked *

*


um × = 4

Você pode usar estas tags e atributos de HTML: <a href="" title=""> <abbr title=""> <acronym title=""> <b> <blockquote cite=""> <cite> <code> <del datetime=""> <em> <i> <q cite=""> <strike> <strong>