DANDO MÃO À PALMATÓRIA OU ESPALHANDO PÉTALAS PELO CAMINHO…

DANDO MÃO À PALMATÓRIA OU ESPALHANDO PÉTALAS PELO CAMINHO…

1 – e lá se vão os meus distantes anos de Dona Iolanda e mais distante  ainda de Dona Milu, a mãe de Dona Iolanda, essa mãe de Mariinha! Todas professoras e boas! “A mão, preste atenção, se divide em três regiões: carpo, metacarpo e falanges (e dedos?)”. Era por aí. Agora, nesse exato momento, abro a mão e penso: não sou muito de renunciar aquilo que acho ser um direito meu. Não abro mão, por exemplo, de ser feliz! Tenho as mãos limpas! Vivo com elas limpas! Mas nada foi conquistado de “Mão beijada”! Toda conquista é uma luta! Ou várias. E dou a mão à palmatória se tudo isso não for verdade.

B - outro dia, entrando com a Rosa na Livraria do Luiz, essa mesmo que virou um “Point Literário” da nossa Província, nos deparamos com a Montanha Mágica de Thomas Mann, romance esse escrito lá no distante ano de 1924.   “Que tal começar uma aventura de 719 páginas ?  Esse calhamaço que está ai?! – Não estou preparada para isso!”. Foi mais ou menos isso que a Rosa me respondeu. “O livro é sobre o quê?”. Não estranhei. Não estranho. São muitos os “intelectuais” conhecidos nossos que  citam esse romance sem nunca ter passado do olhar espalhado na capa.  Thomas Mann foi Nobel de literatura em 1929. Irrelevante ? Não.

E-Lembro-me que certa vez lhe disse não gostar de contar a história de livros, filmes ou peças às pessoas que gosto (um dia explico), desejando que elas leiam essas histórias que li e tirem as suas conclusões. Mas, lembro-me ainda, que lhe disse apenas ser uma história meio complicada para os não iniciados. A história de um jovem engenheiro chamado Hans Castorp que  visita um primo no sanatório para tratamento de doenças respiratórias – assim como o nosso Clementino Fraga – e descobre que tem tuberculose pulmonar. Pronto. A história começa por aí. Nada mais falei. Ela, porém, inteligente e doce, também nada mais perguntou.

R – Não sei se isso também acontece com vocês. Todas às vezes que chove num dia feriado ou de domingo – em especiais -a gente fica feito “menino de aquário”, dentro de casa, olhando a chuva cair. Ai nos invade uma vontade danada de escrever um poema. Mesmo não sendo poeta. Também se dana a nostalgicamente (epa!) lembrar o passado e deixar-se levar pela chuva que cai.  Foi assim que aconteceu comigo nessa chuvarada de quinta-feira passada, a santa, com Rosa ao lado. Bateu-me uma nostalgia e uma vontade danada de cometer um poema. Mas, por respeito aos verdadeiros poetas, fiquei com a nostalgia. Apenas.

T – se de louco e de poeta todos tem um pouco, de hipocondríaco todos um pouco ou muito tem também. Por que essa história agora de hipocondria? Explico: pelo menos um dos meus leitores sabe e o outro, esse que não sabia, acaba de fazer uma visita ao Dr. Google e aprendeu.  A hipocondria, do grego hypo- (a baixo) e chondros (cartilagem do diafragma), também conhecida por nosomifalia, é um estado psíquico em que a pessoa tem a crença infundada de que padece de uma doença grave. Tá claro? Então eu conto.  O caso se deu com um colega de trabalho.

O – Ele adentrou (epa!) a minha sala de trabalho, e contou que foi  fazer aquele famoso exame do “dedo dentro”, e veio o diagnóstico: “A próstata estava aumentada, mas não é nada demais…” Assim mesmo. Um médico da cabeça aos pés somente reticências. “Nada demais?” Ora bolas!  Se não é nada demais por que o senhor estar me dizendo isso?!Pronto. Lascou. O pobre hipocondríaco não teve mais saúde. Todas às vezes que a vontade “fazer xixi” lhe bate, não tem dúvida: “É a próstata! Tô lascado!”. Pois é. Hipocondria é isso mesmo com ph de pharmácia!

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