Ela chega e nem uma pergunta faz. Afirma. Apenas.
- “Deus não existe! Vamos acabar com essa invenção!”.
Calo-me. Respeito a descrença dela. Para mim Ele não é invenção. Mas um inventor. Criador. Se Ele não existisse, digo-lhe, deveria ser inventado. Não é uma necessidade. É certeza. Há um vazio enorme dentro do peito de quem não tem um Deus. Rachel de Queiroz tinha razão: dói não ter um Deus para acreditar. Ela não tinha. Eu tenho.
Fim de papo.