Ele chegou e sentou. Diria como naquela música boba que ” nem olhou pra mim”. Nem sei se era um comum ou diferente de sempre chegar. Não sei. Respeitei-os. Ele e o jeito. Não olhou para mim? Também não o olharia. Cansado de bater “pernas no mundo”. Senti. Estava. Pra que correr? Mesmo se pudesse não faria. Correr de quê? Um dia teve pressa. Nenhuma dúvida. Todos temos um dia. Mas com o passar do tempo a gente descobre que a pressa é o que nos faz perder tempo. E quase sempre nos deixa no caminho da nossa meta.E nem mais tempo para perder ele tinha. Olhou para as pernas e sorriu. Sem ele, o auxílio luxuoso daquelas pernas falsas que lhe sustentavam, invisíveis, de nada lhe serviam as pernas que ganhara ao nascer. Inúteis! Assim como acha a sua existência