O terraço da casa 950 da Rua 12 de Outubro , no meu bairro de Jaguaribe , era grande o suficiente para que os irmãos,mais velhos estendessem gostosos colchões, deitassem os seus corpos juvenis e tirassem boas sonecas!
Enquanto isso, entre uma nuvem de fumaça e outra, fabricada pelo seu cachimbo mágico, a minha bela mãe Chiquinha me ensinava a comer flores.
A minha mãe costumava cantar baixinho cantigas de ninar que falavam de princesas que só despertariam com o beijo do príncipe encantado.
“Hoje é domingo…”.
Pé de cachimbo ou pede cachimbo?
Não sabia.
Como o seu cachimbo nessas horas era minha referência, nunca duvidei que cachimbo dela tivesse pé.
- O cachimbo é de ouro – o dela não, era feito dela mesmo! -, bate no touro, o touro é valente”…
E assim seguia até cair num buraco fundo e acabar o mundo!