Não sei quando é o “Dia do Amigo”. Pausa. Momentinho. Vou consultar. O “Dia do Amigo” é 18 de abril. Mas, assim como outros dias que eu gosto e me enrosco por e com eles, o Dia do Amigo, do meu amigo, dos meus amigos é todo dia.
Tenho poucos amigos. Confesso sem vergonha ou medo de ser feliz. Nada de milhão. Não quero. Dos meus poucos amigos eu sei os nomes. Todos. Não sabendo esses não passam de números. Números esses amigos que eu teria. Apenas.
Meus amigos eu os chamo pelos nomes. Os seus. Nesse momento, porém, para não deixar um dos meus poucos amigos fora dessa minha relação, não ouso enumerá-los. Seria fácil. Muito. Espalhar aqui os seus nomes. Mas não quero assim. Prefiro-os mudos. Presos ao meu silêncio.
Mas se os amigos permitirem, confesso que entres esses poucos estão Gil de Rosa, meu parceiro/irmão, e Dapenha Almeida, meu irmão/parceiro. Esses respondem presentes na fila da frente do coração. Tenho mais. Poucos. É verdade. Mas esses poucos para mim representam mais que o “milhão de amigos” desejado por aquele cantor um dia orado rei da juventude. Esses dois, porém, e especial, podem dizer que estarão sempre presentes na sala da amizade. No salão da irmandade.
Sentiram? Isso mesmo. No fundo, no fundo, sabe, como dissera um dia o poeta, apesar da herança sifilítica sou um sentimental. Agora se isso é um bem ou mal, confesso não saber dizer. Uma coisa, porém, para não ficar nessa dicotomia, bem e mal, posso assegurar que me fez um bem danado ter amigos assim. Irmãos assim. Esses e outros poucos aqui não citados. Muito para mim esses representam.