Ontem, caindo de maduro, como ele costuma dizer, um colega – amigo não, amigo é pra outras coisas – precisou do auxílio luxuoso de um hospital púbico.Pausa. Ele me pede para não dizer o nome do referido. Não digo. Público. E assim digo, porque ele assim o quis (sic).
Pois bem. O caso não foi lá muito sério. Pois, conhecendo a figura muito bem, uma presença de espírito mais forte que ele em carne e osso, bem-humorado a todo minuto, não teria nada de sério. Nem a queda. Mas, acreditem, foi verdade.
Socorrido, por ele mesmo, pois não tinha nessa hora qualquer cristão que lhe ajudasse a ficar em pé, acelerou o seu carrinho, e só parou nesse hospital. Estava mais quebrado do que lutador derrotado de UFC. Foi chegando e descansando a magra bunda na primeira cadeira vazia que encontrou.
Gemia. Muito. Porém, ninguém, mas ninguém mesmo, confessa puto de corpo e alma, lhe socorreu. O caso dele, segundo a enfermeira, a única que lhe deu a atenção que julgava merecer, não precisava de cuidados especiais.
Mais: o único “remédio” que tinha por lá, nesse hospital, para o seu caso, era gaze e esparadrapo. Estranhei: gaze e esparadrapo? remédios? Foi o que lhe disse a enfermeira!
Meu Deus! Vivemos em um estado de coma!