sou teimoso. muito. mas embora com essa teimosia toda achei por bem perguntar: e corona? ele me respondeu naquele tom conciliador de médico e amigo: ora, 1berto! o nível é o mesmo de um passeio pelo centro da cidade. parei. trocando em miúdos, como assim costumo dizer, mesmo que não tenha dito, ele acabou de me dizer que “viver é correr perigo”. achei a resposta encorajadora. mesmo que não lhe dissesse e não disse que também achava o mesmo. naquele outro hospital não. um perigo em cada degrau. dois perigos em cada elevador. milhares de perigo em um de seus apartamentos. mas estava decidido. perguntei-lhe apenas para o chamam por aí de “desencargo de consciência”. e agora nesse exato momento estou contando como tudo se passou. somente a fome me bateu mais forte. mas isso se resolve. mesmo a fome de justiça um dia há de ser satisfeita. muito bem para os que me desejam mal. nenhum mal. nem o que vem dentro nem esse de fora que se chama corona. leve e solto como uma pluma que o vento vai levando pelo ar. aqui no quarto muito bem acompanhado. refletir nesse momento não vale tanto a pena. ainda mais quando sabemos que não temos espelho para olhar a nossa cara lisa de alegria. tudo bem. acho mesmo que não poderia ser melhor. e não seria. mais tarde contarei os detalhes. por aqui deixo como vocês os “detalhes” do rei roberto carlos. escutem. vale a pena.
Muito bom, meu vô!