Sei que muitos jaguaribenses , mais velhos do que este MB, mesmo que não estejam ligados ao nosso universo musical, devem ter ouvido falar no jaguaribense (?) Jairo Aguiar. Eu mesmo vivendo no meio, posso assim dizer, ouvi alguns boas referências sobre esse jaguaribense (?). Apenas. Mas, talvez mesmo pela falta de interesse, pouco ou quase nada sabia dele.
A lembrança desse artista que uns irmãos conheceram, esses biológicos, filhos do compadre Heráclito e Dona chiquinha, somente me veio mais forte, curtindo que estou e muito bem essa quarentena forçada, por isso não estar melhor, depois de um longe gostoso papo como nosso maior pesquisador e estudioso e colecionador da história da nossa MPB, o intrépido advogado, agora finalmente (re)conhecido como o pesquisador e estudioso que é, através de suas ótimas matérias publicadas no jornal A União, o “Dominicus” Cardoso.
José Cardoso, ou o Dom Cardoso, é uma “biblioteca ambulante “da nossa MPB. Depois de um papo com ele, seja ao vivo ou via outra, ninguém sai sem uma hisória curiosa sobre um dos nosso artistas – ou música – dcssse campo musical.
O melhor de tudo nesse papo é sentir o prazer com que ele nos presenteia com as suas bem fundamentadas análises e pesquisas sobre a MPB. Dom Cardoso nos traz sempre uma “curiosidade” pouco explorada na mídia, e outras ainda que por muito tempo, não fosse o seu despojado prazer em transmitir o que sabe, como curiosidade por muito tempo permaneceria.
Termino o papo, convém salientar, com uma dúvida atroz: Afinal, esse Jairo Aguiar que não conheci vestindo esta roupa que ainda visto e morando por aqui, nasceu mesmo onde mesmo, em Jaguaribe, como me afirmou com a segurança que lhe é característica o Dom Cardoso, ou como o Ricardo Cravo Albin, esse que tive a satisfação de conhecer/ver no Rio de Janeiro, autor do pesquisado e acreditado Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira, na vizinha cidade de Santa Rita ?
Ora bolas! Isso é o minimo, direi para aqueles que esperam o máximo da gente. O papo valeu e muito. Sobretudo para este MB que, como falou no comecinho destas mal-traçadas, pouco ou quase nada sabia, por falta mesmo de interesse, a respeito desse artista jaguaribense(?), como me disse o Dom. Cardoso, ou santa-ritense, como insiste em deixar escrito no seu volumoso dicionário o Ricardo Cravo Albin.
E aí vocês que conheceram (trocou de roupa, segundo uns, em Santa Rita; e outros, esses primeiro, em Niterói, aos 78 anos, no ano de 2016) esse meu então desconhecido artista, o que dizem ? Eu ?! Nada. Apenas procurar escutar o Jairo Aguiar.
Conheci o Jairo, sim. Ele era amigo do Naldinho, Livardo é Luzardo. Fez um grande sucesso com o sama: Enxugue a Lágrima.
Decepcionou-se quando foi ao cabaré da Maciel Pinheiro e viu um preto, cantando desafinado sua música. Me disse Luzardo que ele disse alhos e bugalhos ao “cantor”. Creio que ele era jaguaribense, visto que ele ia sempre na casa de Dona Júlia! ABS.