Lembrar a primeira vez ? Melhor esquecer!

 

Essa historiazinha a seguir,  simples e bem contada é antiga.  Mas ainda continuo achando-a arretada. Não cheguei ainda lá.  Espero chegar um dia. E, se possível, com memória. Sem memória o homem não tem história. A mesma coisa acontece com país,  sua cidade e  ainda com o seu bairro.

 Sou um sujeito feliz pela memória que tem e, claro, pela história que conseguiu escrever até aqui. As vezes ela –  a memória –  me falha.  Natural. Se não falhasse  nada eu teria de normal. No caso da historiazinha que vou espalhar por aqui, uma história que me contaram há exatamente cinco anos tem muito a ver com outra que também muito velhinha.

 A falha na memória para o  octogenário da história a seguir  é indispensável. Duvido que ele queira se lembrar de momentos assim. Nada daquela história de “vamos viver de novo aquele momento inesquecível”.  No caso dele  é melhor esquecer.

A história que segue, repito, lembra-me aquela outra hilária, mas verdadeira. Acho que vocês sabem. E se não sabem vou tentar resumir em poucas linhas. Simples:

 A velha vendo um touro cobrindo a vaca inúmeras vezes, olhos para o marido, esse de olhos mortos, cambaleante, em pé e sem nenhum tesão diante do que via, o provocou:

- Tás  vendo! O  touro dá cinco em seguidas e não tá nem aí. Continua mais touro do que nunca!  Num tá nem aí.  Parte pra outra em seguida Enquanto tu, molão..

E ele sem tirar o olho do touro que pegava a quinta vaca, manso como a vaca que tudo deixava sem uma só orelha mexer:

- É…. Tudo bem. Tem razão. Só que você não percebeu que o touro nunca pega a mesma vaca…”

Trocado em miúdos matutos, é a mesma “nobre” história que espalho a seguir. Vale pena ler de novo. Ah, e como se fosse a primeira vez.