MENINOS, EU VI, DILMA USAVA SANDÁLIAS FRANCISCANAS!

MENINOS, EU VI, DILMA USAVA SANDÁLIAS FRANCISCANAS!

Acabei de ver/ouvir a presidente Dilma falando sobre essa “merreca” de gente que foi às ruas pedir menos corrupção e mais ladrão na cadeia. Pedindo mais: fora Dilma!

Ouvi atentamente. Dilma disse que lutou muito para que essa “merreca” de gente fosse às ruas pedir para ela entregar o boné e tirar umas férias na Bahia. Não me perguntem por que na Bahia. Não saberia dizer.

Dilma falou em humildade. Disse que poderia até em algum momento de seu Governo não ter sido humilde. E, se não foi, alguém poderia dizer-lhe qual foi esse momento? Deixou a pergunta no ar.

Dilma deixou no ar que sempre foi uma pessoa humilde. Uma presidente aberta ao diálogo e capaz de dialogar com qualquer um que desejasse com ela um diálogo. Tanto poderia ser com Zé da Silva, o que nunca aconteceu, assim como com o Barack Obama, como já ocorreu.

Dilma sorriu para todos. Brincou. Fazia de conta que toda aquela “merreca” de gente que foi à rua pedir para ela dar uma desculpa e puxar a descarga nada tinha a ver com ela. O Governo? “Ora, o governo não sou eu”. Lembrei-me no ato do “L’État c’est moi” do Luiz XV. Só com um “pequena” diferença: aqui ela tirou a sua  da seringa. O governo nada tem a ver comigo. Deixou nas entrelinhas.

E a corrupção ? Acabar com ela ? Nem pensar! Ela, a corrupção, faz parte da nossa cultura. É uma velha senhora muito conhecida nossa. Disse. E quase dava no final uma de  Paulo Coelho, contando uma velha  história com a mesma e conhecida moral no final.

– Tão vendo, a luta contra essa senhora tão conhecida nossa, a corrupção, deve começar na escola!

Eu teria dito “dentro de casa”.  Mas ela não disse.

Achou muito natural que essa “merreca” de gente fosse às ruas pedir a sua saída. Isso é democracia, disse exultante.  Confesso que quase sorri, quando, falando em humildade, disse que em alguma momento de sua vida pode até  não ter sido humilde. Quase gargalhava!

E gargalhava  mais ainda quando disse que se alguém mostrasse onde ela estava errada, se errada estava mesmo, pararia para analisar. Mas, uma coisa, essa não abre mão nem que a vaca tussa, é que mesmo que tenha errado, humildemente – risos, risos, por favor – , se acreditar que esse erro é para o bem de todos e felicidade geral da nação,  continuará  errando! Meu Deus!

Mas ficou mesmo nesta minha cabeça cheia de mistérios e de  quase nenhum problema foi  o fato de ela insistir que sempre fora humilde.  Afinal, pensei, será que ela sabe o que é humildade?

Nesse momento,  a  memória foi lá para os meus tempos de Universidade. Humildade. A Palavra vem do latim humilitas, e é a virtude que consiste em conhecer as suas próprias limitações e fraquezas e agir de acordo com essa consciência. Dilma sempre foi assim? Ela disse que foi. E, se não foi, gostaria que alguém lhe dissesse. Mais: onde ela não teria sido humilde? Sinceramente.

E ao se despedir com aquele ar de quem acabou de dar um puxão de orelha nessa “merreca” gente que foi às ruas… Ah, vocês sabem, juro que olhei para os pés dela e vi que usava sandálias franciscanas!

Compartilhar...Share on FacebookTweet about this on Twitter

Deixe uma resposta

O seu endereço de email não será publicado. Required fields are marked *

*


+ 8 = quinze

Você pode usar estas tags e atributos de HTML: <a href="" title=""> <abbr title=""> <acronym title=""> <b> <blockquote cite=""> <cite> <code> <del datetime=""> <em> <i> <q cite=""> <strike> <strong>