Meu Jaguaribe meu…

Meu Jaguaribe meu…

A Mata do Buraquinho parecia estar as como a Felicidade do Lupicínio Rodrigues.  Era  pra lá do fim do mundo. Um dia ouvi o meu amigo Livardo Alves chamá-la de “minha casa”. A mata, porém,  tinha de um só “dono”. Era de um negro alto e esguio chamado João Dantas!

Se não foi casa minha, foi o  desconhecido, a  caverna escura e fria, onde sem o Fio de Ariadne temia encontrar o Minotauro. Se não era a minha floresta encantada, só pelo desconhecido, encantava-me com ela todos os dias!

Como esquecer as jacas ainda “de vez” que Tota o meu irmão-herói que foi morar noutra cidade tirava e enterrava em local que somente ele conhecia? E quem sabendo essa jaca era Tota mexeria naquele tesouro?!

Mesmo que não interesse aos meus dois leitores, digo aqui que  ainda dedicarei todo um livro a Tota, o meu herói. Afinal, Tota era – e continua sendo – Jaguaribe e Jaguaribe, lembrando o resto da família, continua sendo dos nós!

Se o Tejo do Fernando Pessoa deságua no mar, o rio Jaguaribe onde as onças, belas onças matavam a sede, deságua dentro do meu peito jaguaribense. E, por isso mesmo, sempre que me lembro dele sou todo água!

 

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2 comentários

  1. Lindíssimos e nostálgicos textos. abs

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