A arte do grafite é uma forma de manifestação artística em espaços públicos. Acredito ser mesmo essa a melhor definição. E a Rosa sabe muito bem o quanto eu gosto e paro abestalhado nas vezes que encontro na rua uma obra dessas. Essa, porém, vai além do grafite. Esse é um belo mural com que nos deparamos – a Rosa e eu – num passeio despretensioso pelas ruas de são Paulo. Estava lá: Rua Frei Caneca, 1380.
Isso mesmo. Fiz questão de não esquecer onde estava essa bela e significativa – são muitas as referências – obra de arte. Lembro-me bem que procurei nele o nome do autor e não encontrei. A pressa. Acredito. Foi essa. Assim, somente vim saber dias depois: Edu. Simples assim: Edu.
O cara é fera!
Ah, a frei caneca fica ali bem pertinho da famosa Avenida Paulista.
Pois bem. O painel é enorme. Mede – também somente soube depois a dimensão – 5,70m x 3,50m! Mas , sobre os seus “desenhos” , não diria que são “cartuns”. Caricaturas. Direi. E todas excelentes. Fernando Pessoa, Carmem Miranda, Adoniram Barbosa e Santos Dumont. Perfeitas! E todas reconhecíveis no primeiro espalhar dos olhos. .
Mas, se olharmos direitinho, sem esquecer as caricaturas, podemos ver claramente o bonde de Lisboa, MASP, Monumento às bandeiras, Mão do Memorial da América Latina, edifício do Copan e Banespa, e outras belas referências da velha Lisboa.
Uma festa para o olhar!
Passados uns dias, somente agora escrevo o que realmente consegui pescar nesse primeiro espalhar dos olhos. Tudo conhecido e visto e admirado nas vezes primeira que visitei essa terra que nunca teve nada de “tumulo do samba”. Repito: um mural para não esquecer. Não esqueci. Nem a Rosa.
Uma beleza!