Nem estava mais lembrando que na semana passada o “quase mito” Geraldo Vandré aniversariou. E que assim como o nosso Livardo Alves, esse pouco lembrado por aqui, infelizmente, também 80 anos estaria fazendo se ainda morra nesta cidade e vestisse a roupa que ainda uso. Se vai haver mesa redonda para lembrar sua criativa história por esta cidade? Não. Acredito que não. Mas… Esqueçamos os mortosa Não é isso mesmo? Eles, com esse S do Lázaro, não levantam nunca mais!
Foi Paulo, o meu bom irmão, quem abriu os olhos embaçados pelo tempo para perguntar: é verdade que Geraldo Vandré defendeu uma música do ainda “sem futuro” – a crítica dizia que eles não, principal ente Chico, não tinham vocação para festival, era somente um bom compositor popular – e desconhecido Chico Buarque de Holanda num festival? E qual foi essa música? Foi classificada? Vencedora?
Estava ainda saindo dos cueiros, o ano era de 1965 e o festival não era tão famoso quanto aqueles da TV Record, onde o de 1967 entrou para a história e dessa nunca mais saiu. Era 1º festival de Música Popular Brasileira da TV Excelsior.
Nessa época, lembro-me bem, saira do meu Jaguaribe para “passear” no vizinho bairro da Torre, onde conheci meu bom amigo/irmão e parceiro Gil de Rosa. Não contarei que a história começa no dia em que um Chico Buarque, ainda menino, bater na porta do recém-chegado parahybano Geraldo Pedrosa de Araújo Dias, antes o Carlos Dias (vocês sabiam) e depois Geraldo Vandré, pedindo=lhe para defender uma música sua – dele – no Festival. Ou contou? Pois tá.
O “menino” mostrou a música e ele, Vandré, depois de uma breve analise aceitou a tarefa. Pronto! Geraldo Vandré defendeu a sua – dele – “Sonho de um carnaval”, colocando-a nas semifinais. Apenas. Ah, o primeiro lugar? “Arrastão”, essa levada pela ainda pouco conhecida Elis Regina, composição de Edu Lobo e Vinícius de Moraes.