Você é mais compositor ou cantor? “Pessoa”. Respondeu Gonzaguinha a Marília Gabriela um dia. Agora, nesse exato instante, escuto “Caminhos do coração”, uma entre as muitas belas composições que ele nos deixou, e concordo com ele: “Toda pessoa sempre é as marcas das lições diárias de outras tantas pessoas.”. Pensar? Sou livre para pensar! Leia Mais »
Essa não foi pela manhã. À tarde. Foi esse o horário. Passo pelo centro da cidade – leia-se Ponto de Cem Réis – e escuto um carro de som anunciando que “exame de vista “gratuíto” é crime”. Sentiram? Assim mesmo, com esse “í” agudo furando os meus ouvidos! Doem-me nos ouvidos! Na “Horinha da Silva”, lembrei-me que Houaiss registra ambas ... Leia Mais »
Sempre assim. Manhãzinha de leitura. Um tempo para as palavras. Sou assim. O silêncio me diz muito mais. Sempre. Nesse instante, porém, são as palavras que passeiam pelo salão dos meus olhos curiosos. Leio jornal. A União. A Funesc – Fundação espaço cultural – abre mostra da 3ª edição do Salão do Humor Nacional José Lins do Rego. Nacional. Não sei quantos bons ... Leia Mais »
Encontros e Despedidas Milton Nascimento Mande notícias do mundo de lá Diz quem fica Me dê um abraço, venha me apertar Tô chegando Coisa que gosto é poder partir sem ter planos Melhor ainda é poder voltar quando quero Todos os dias é um vai-e-vem A vida se repete na estação Tem gente que chega pra ficar Tem gente que ... Leia Mais »
Abraço tem que ter pegada, jeito, curva. Aperto suave, que pode virar colo. Alento tenso, que pode virar despedida. Abraço é confissão. Abraço não pode ser rápido senão é empurrão. Requer cruzamento dos braços e uma demora do rosto no linho. Abraço é para atravessar o nosso corpo. Fabrício Carpinejar Leia Mais »
Dessa vez o abraço foi rápido. A volta mais rápida ainda. Não se tinha muito que falar. Aquele partia e esse que ficava. Não era preciso. As palavras pouco diriam. Nada diriam. O silêncio. Esse se fez presente mais uma vez. Dispensavam-se as palavras. Tudo sabíamos. O que era preciso dizer e o que dizer não era preciso. E não ... Leia Mais »
Tom Jobim ao gordo como um ponto de interrogação tocando piano. Elis Regina magra como um acento grave cantando a sua – entenda-se do Tom – Águas de Março. Tom que nunca cantou bem nem prostituta na beira de cais e sabia que não cantava nada, num tom muito mais baixo que o dela, o chapéu na cabeça e a ... Leia Mais »
Lembro-me esses versos cantados daquele jeito, aquela luz negra e pesada e sombria desenhando o seu rosto tenso. Lágrimas somente desespero escorrendo nesse mesmo rosto tenso numa tentativa inútil de escaparem da “queda mortal” ainda hoje – assistindo a cena – doe-me nos ossos! E que dor! Maysa cantando bêbada e sofrida o “Meu – dela – Mundo Caiu” perto ... Leia Mais »
Uma imagem de Elis Regina ainda está nesta minha cabeça cheia de música e não raras vezes transbordante de bom-humor. Uma imagem forte forte e densa e amarga até. Nunca esqueci o dia em que Elis Regina somente tensão e sofrimento saiu de “Atrás da Porta” do Francis Hime e Chico Buarque e se expôs no imenso palco da vida ... Leia Mais »
Poema de amigo Por mais que a gente ache e queira. a vida é muito mais que uma noite de sexta feira. Por mais que a gente tente se enganar, a vida é essa mesma, e a gente tem de encarar. E nem adianta pensar, se iludir, ter enganos… que numa bela manhã todos acordaremos com cinquenta anos. A juventude ... Leia Mais »
Humberto de Almeida Eu Plural