Os picles são pequenas pílulas de humor que ao contrário das famosas do Santo Galvão não vêm embrulhadas. São abertas – as pílulas – e de fácil digestão. Os picles não podem brincar de “pegadinha”. Têm que ser diretos e sem câmeras ou duplo sentido escondido.
O picles (não existe no singular) é isso mesmo: humor em pílulas. Depois de tomá-las o sujeito fica bom e sorri antes de todos ou sorri depois mostrando que foi o último a entender a piada. Este escriba faz e gosta de picles desde os tempos do bom e antigo e verdadeiro O Pasquim.
Anco Márcio érea mestre em fazer essas pílulas. Craque. Tanto que o Pasquim verdadeiro abriu as “pernas”, ou melhor, abriu as “páginas” para ele: duas páginas somente de picles ancomarcianos. Pronto. Falei muito e não mostrei um picles sequer da minha lavra. Uma larva sequer da minha plantação de sorriso.
Todos nasceram de uma só tirada. A gente não faz picles a prestação. Se é fácil não tenho procuração para responder pelos meus dois leitores. Agora, se é difícil para nós escribas que aprendemos a rir das nossas próprias desgraças? Também não é fácil dizer. Fácil é fazer. Fiz.
Só os verdadeiros boêmios não desejam um lugar ao sol
Mulher de amiga minha minha pra mim é homem!
Ela com rabo preso?! Nem na zona! Disse a prostituta.
Bicha criminosa prevenida não aceita pau-de-arara sem camisinha.
A revendedora da Avon passou tão rápido que não deixou nem o cheiro
Triste mesmo é morrer de fome num estado de coma
Era lúcido demais para aceitar exame de DNA feito na doida
Saiu para ver se estava na esquina e voltou acompanhado. Estava mesmo.
Acidente automobilístico é assim: um atropelado e muitos se atropelando para ver.
Os pastores estão se afastando das igrejas. Preferem agora as suas casas no campo.
Escolher entre a beleza e o cérebro? Nem pensar, respondeu a loura.