Eu plural: foi num dia assim de finados que o amigo e parceiro e há muito finado Anco Márcio me telefonou dizendo ter enviado para a “caixa eletrônica ” deste MB um finado poema:
- E aí, 1berto, leia e me diga se ficou bom. Amanheci assim.
Preparei o sorriso.
Acho-me suspeito para falar sobre a nossa parceria. Sobretudo (epa!) da espetacular capacidade de “fazer cócegas bo cérebro” desse melhor texto de humor que já apareceu por estas plagas verde e amarela.
Tanto que tantos (tô sabendo) já me pediram para escrever sobre a sua “engraçada vida “, mas achei melhor deixar que ela fosse descoberta e falada e escrita por esses que me pediram e outros. Pronto, eis aí um belo e engraçado exemplo do que digo e escrevo. Ah, e falo.
Por fim, um dia finados para os que estão vivos. os mortos? que descansem em paz. só sorrisos.
Por Anco Márcio – em 02/11/2005 às 13h59
Pra que sair de casa deixar o meu conforto e ir pro cemitério ver cova de gente morto?
Porque, se essa morte é um eterno mistério, todos nos reunimos num velho cemitério?
Pra que acreditar que há ressurreição, se somos enterrados bem fundo no chão?
Para que chorar quando alguém “vai embora?” se todos nós um dia vamos também cair fora?
Por que não fazer um enterro simplório e dispensar de vez o risível velório?
Pra que comemorar um ridículo finados se os mortos estão mesmo tremendamente lascados?
“Era um homem bom” “Parece estar dormindo” São frases que se ouve quando está se indo.
“Siga em paz, irmão” “Vá pra junto de Deus” “Foi-se embora tão jovem” “Nem me disse um adeus”
As velas acesas os “santos” jogados , por que é que nós todos não morremos no Finados?
Economizaria flores, economizaria amores seria tudo em coro mortos num só choro…
Para que não morrer em dias diferentes e comemorar alegres, contentes…
E pra terminar, vou poder dizer: haverá besteira maior do que morrer?