hoje eu acordei com uma vontade danada
de mandar flores ao delegado?
nada disso. isso aconteceu com o Zeca Baleiro. hoje eu acordei com saudade dos meus dias Portuguesa! explico melhor? explico: saudades da minha Portuguesa verdadeira, a do Canindé. não a santista nem a carioca. aquela em que sonhei jogar – fui um quase convidado – nos meus tempos de bom de pelota.
como peladeiro, bom da cabeça sempre fui, usei os pés, mas aprendi como poucos craques, poucos, poucos mesmos aprenderam, a separá-los desse membro pensador. por isso mesmo, endossado por alguns técnicos, bons técnicos da nossa época, tinha tudo e um pouco mais para desfilar nesse grande time que fora um dia a minha Portuguesa.
a minha Portuguesa que me deu essa saudade da gota serena, foi aquela antiga dos sempre persentes e jovens craques da época. uma Portuguesa que entrava em campo e todos sabiam ser aquele time que no ano de 2020 fora o meu Flamengo. hoje essa Portuguesa não mais existe mais, e o meu Flamengo começou a deixar de existir.
a minha Portuguesa– isso fora anos antes de este MB entender-se como bom peladeiro e profissional no uso das palavras como malabares – dos craques Djalma Santos (o melhor lateral direito da história do futebol verde-amarelo), Pinga (o seu maior artilheiro), Eneas (craque e o segundo maior artilheiro da história da lusa), Dener (o “reizinho de canindé” que se divertia em campo e disse um dia ser um drible mais era mais importante para ele do que um gol, a alegria jogando futebol) Capitão (o maior volante de sua história). Foi essa, foi essa! ai que saudades! o gol é mesmo O PIO do povo!