Mistério! Esse sempre há de pintar por aí! Deitado. Descanso. Penso. Existo por isso, ou seria o contrário ?Leio. Por onde andará Stephen Fry? O nosso Zeca Baleiro deve saber. Penso. Ou não. Penso em seguida. Também não me interessa saber por ele andará. Eles. Stephen e Zeca. Elliot Spence. Esse deve saber por onde anda o seu marido. Ou esposa. Não me interessa. Não me interessam.
Por “onde andará?” não seria a pergunta. Por onde andou? Essa! Por onde teria andado o “Bardo inglês” nesses anos em que ninguém sabia ainda que as palavras estão cheias de falsidade ou de arte, e que só olhar é a linguagem do coração?
Gosto da frase. Também gosto de Shakespeare. Embora negar nunca hei de que pouco conheça os seus gostos e nada conheça sobre esse tempo em que ele, o bardo, resolveu apagar a sua – dele – passagem por aqui. Stephen Fry? Nenhum interesse. Tão importante saber quanto descobrir sobre a influência dos raios solares na menstruação das borboletas.
Mas por onde andou se “escondendo”, por sete longos anos, esse contador de histórias extraordinárias? Extraordinário (re) inventor de Hamlet? É a pergunta que não quer calar: o genial escritor inglês existiu ou tudo não passou de uma “criação coletiva”? Leio. O sono se aproxima. Afasta de mim… calo. Esse me dói. O sapato que apertava, felizmente, deu boa noite ao pé e foi dormir.
Não acredito. Acreditem. Em quê não acredito? Ora na “invenção”. Não acho que Shakespeare tenha sido uma invenção. Mas às vezes, somente às vezes, desconfio que ele, o genial dramaturgo, recebeu algumas luxuosas ajudas de colegas não tão genais quanto ele. Nisso acredito. Acredito mesmo.
O sono chega. O cansaço. Durmo cedo. Sempre. A minha ilha começa a ser coberta pelo mar de sonhos que invadem – os sonhos – esta cabeça em eterno estado de evolução. Sem modéstia. Um dia, esse que espero não estar muito longe, como homem que sou, consiga achar que esse projeto de Deus, o homem, venha a dar certo.
Chega o sono… Chega!
E Abençoado seja o homem que poupar estas pedras! E amaldiçoado seja aquele que mexer meus ossos!
Tenho dito? Não: ele disse!