@ – “E um dia os homens descobrirão que esses discos voadores estavam apenas estudando a vidas dos insetos”.
Quem é o autor dessa pérola ?! Não poderia ser outro: o meu poeta Mario Quintana).
E tanta gente se achando mais gente do que muita gente boa que conheço! Meu Deus! O meu poeta acertou na mosca!
Encho o vazio desse peito quando leio ou alguém me conta que o sobrevivente ofereceu o seu reino por um cavalo e não encontrou quem aceitasse a troca. Uns merdas todos somos!
Sentiram? Não estou me excluindo do merdaçal. Nós! Merdaçal! Às vezes a vida não passa disso. Às vezes não, muitas.
@ – Estive pensando no fato de tudo nesta vida – não acredito em outra – valer ou não a pena. A vida, por exemplo, se vale ou não a pena ser vivida; o amor, se vale ou não a pena ter amado. E assim, sem qualquer consulta ao Freud dos nossos tempos, O Google, esse que tudo explica, me veio à cabeça o Sócrates que não resistiu e não gritou “afaste de mim esse cálice”:
- “A vida sem desafios não vale a pena ser vivida”.
Bonito, não?
Sendo assim, me bom Sócrates, acho que a minha (ainda) vida ainda está valendo alguma coisa. Nunca antes na minha história, em apenas um ano, foram tantos os desafios!
@ – Ainda sobre o fato do valer ou não valer a pena, sobre o amor, sendo um grande defensor da validade nesse campo, amar e não ter a vergonha – e o medo – de não ser amado, pergunta o Alexander Pushkin, para em seguida responder:
- “Amar? Para quê? Por um tempo, não vale a pena. / E, para sempre, é impossível”.
Também acho uma beleza das grandes. Uma maravilha!
@ – Tô naquela de achar que se tudo vale a pena, então a única coisa que a pena não vale é o nada. Por outro lado, esse que geralmente do meu lado não fica, leio e escuto dizer que “nada” se compara ao talento. A frase? “Nada se compara ao talento”.
Ainda nesse manhã em que acordei achando que muito pouco vale a pena nesta cidade em que ainda moro, lembrei a Clarice Lispector:
- “Repito por pura alegria de viver: a salvação é pelo risco, sem o qual a vida não vale a pena!”
Sentiram? Um Sócrates de saia poética ?
No entanto, em se tratando dessa história de “valer ou não valer a pena”, embora gostando imensamente da Cecilia Meireles, hoje estou mais para O Judes Renard:
- “É uma hipocrisia esforçarmo-nos para ser bons; temos de nascer bons ou então não vale a pena metermo-nos nisso”.
Será que é isso mesmo?