Um dia escrevi – outros também escreveram – que a sigla S.U.S significava o Seu Último Suspiro. Errei. Erramos. Há pouco tive a certeza de que errados estávamos. Estamos. A filha do lavador de carros aqui embaixo não conseguiu sequer ser atendida. Morreu ainda no primeiro S. Nada dela ela tinha. O cacófato é proposital. É latinha. Brinco. Porque se assim não fizer, eles acabarão brincando comigo. Conosco. O Seu – dela – Último Suspiro ficou para os pais que por aqui ainda continuam morando. A mãe vive a suspirar. O pai? Diz que nem isso consegue mais. Respirar? Também não. Hoje, segunda-feira, amanheci suspirando. A canção que ele – o pai da menina do S singular – consegue suspirar é uma canção triste. Suspiro com ele.