Verdade. Os poetas sempre me socorrem quando o meu silêncio precisa de palavras. Raro. Nenhuma dúvida que somente peço socorro as palavras quando o meu silêncio grita e não é ouvido. Hoje, por exemplo, aqui, que nada tem de mesa de bar, ando realmente meio cheio de tudo. Mas, como vocês veem, estou ainda na metade. Apenas cheio de quase tudo. O motivo? Se eu soubesse, somente cheio estaria pela metade. Também não é muito bom estar totalmente vazio. Pois, mesmo um copo vazio, como descobriram um dia, também está cheio de ar. Estou. Não de ar, mas cheio de quase tudo. E isso, por incrível que possa parecer, deixa-me um pouco sem ar. Um pouco apenas. Não totalmente nem pela metade.