Uma noite excelente. Cheia de música da melhor qualidade, e a presença inolvidável do compositor, crítico musical e maestro Edino Krieger, Neném Krieger e filho. Um papo com o maestro, seja musical ou político ou tipo outro qualquer, sempre acaba – ou começa ? – com aula. Nada melhor que beber numa fonte musical erudita e, mesmo assim, servida da forma mais simples. Mas não poderia ser diferente: o maestro Edino Krieger é sobriedade e simplicidade aos 90 anos. E assim, os Deuses queiram e o meu também, chegará aos 100.
Mas foi uma noite e tanto. Dias e família, e famílias amigas outras. A Rosa e eu, eu e a Rosa. Inesquecível. Sobre o maestro Edino Krieger, nada ou quase nada a acrescentar. Sendo assim, para os poucos por aqui que ainda não conhecem o Maestro, deixo essa pequena biografia para o grande homem e artista que ele é.
Em tempo: Surpresa encontrar essa “família musical” no show de lançamento do livro de George Glauber sobre o grupo Jaguaribe Carne!
EDINO KRIEGER
Edino Krieger nasceu em Brusque (SC) e, aos sete anos, já estudava violino com seu pai. Aos nove, era músico atuante e recebeu, aos 15 anos, uma bolsa de estudos oferecida pelo Estado de Santa Catarina para estudar no Conservatório do Distrito Federal, no Rio, onde passou a residir.
Foi quando Krieger conheceu o professor e maestro Hans Joachim Koellreutter, com quem teve aulas particulares de composição, harmonia e contraponto. Koellreutter foi o idealizador do grupo Música Viva, que teve como integrantes Cláudio Santoro, Eunice Catunda e Guerra Peixe, entre outros.
O grupo deu a Krieger seu primeiro prêmio como compositor, aos 17 anos.
Em 48, ganhou uma bolsa para estudar nos Estados Unidos, com Aaron Copland no Berkshire Music Center.
De volta ao Brasil, o compositor passou a dividir seu trabalho de criação com a luta para abrir espaços para a música de concerto, dando maior ênfase ao autor brasileiro. Entre as criações de Krieger, estão a Orquestra Sinfônica Nacional e a Bienal da Música.