um papo livre em feira livre daquele lirismo chato e comedido: chega!
começando: este escriba, antonio david, hildeberto e giovanni!

um papo livre em feira livre daquele lirismo chato e comedido: chega!

Foi ontem. Domingo. Claro. E muito claro. Pela manhã. A feira era livre e o papo também. Tudo improviso. Tudo livre como os passarinhos que por sobre a gaiola com pássaros presos passavam. Nada daquela do “vamos acertar” para domingo na feira de Oitizeiro. Por isso mesmo foi bom. Muito bom.

 Primeiro, assim mesmo, sem vírgula não sou muito do “tem que chegar hora tal e no dia tal, só, bem ou mal acompanhado”. O acaso? Não! Isso é outra coisa. O improviso. Esse eu gosto. E foi asism. Tudo improvisado!

Os mestres Hildeberto Barbosa Filho, Zé Nilton, Antonio David e, last but not least, não é mesmo mestra minha amiga Vera Esther?, Giovanni Seabra. Mais que um papo livre de feira livre.

Um papo Livre. Um papo entre amigos que se encontram no improviso e, por isso mesmo, improvisa o papo. Música, cinema, literatura… Vida! Principalmente essa! Vida! A alegria do encontro com arte! A arte do encontro? Nada mais que isso: vida!

 Foi bom lembrarmos os velhos tempos como se esses hoje estivessem presentes. E estavam! Mais vivos do que nunca! Enquanto um, o artista do olhar certeiro Antonio David, poeta da imagem pescada, lamentava a falta de um museu onde as imagens estivessem sorrindo e abertas para os olhos dos mais novos. Esses em especial, Hildeberto lembrava em sua simplicidade – nada de “intelectual e imortal da Academia Paraibana de Letras”, mas um sujeito que curte música brega e vai à feira livre domingo sim, domingo não para se perder, povo que sempre foi, no meio do povo – que o estudante não deve ser preparado para o “mercado de trabalho”! Nunca!

 Na hora concordei: o estudante deve ser preparado é para pensar. Aprender a observar “criticamente” o seu momento, o momento passado e os momentos que virão. Nada mais que isso. Mercado… Ah, mercado?Não preciso entrar em detalhes. Mercado é mercado. Tudo um saco de que solto e cada um por si e, dependendo da crença, Deus contra. Nenhum é diferente do outro. Fazer. Apenas. Pensar? O mercado não precisa de um pensador.

O papo assim seguia livre como um taxi no dia de domingo. Millôr Fernandes? Por aí. Zé Nilton, esse mestre e amigo do silêncio compartilhado, imortal sem academia, tudo ouvia. E, se ouvia, com certeza, discordando do papo que rolava, autêntico como sempre foi e continua sendo, diria o porquê de sua discordância.

Giovanni? Um pensador e dono de um bom humor raro no meio de tantos mal humorados. Melhor: o sorriso era de quem sabia do que estava sendo falado, e que nesse silêncio também dizia o que estava sendo dito. Um papo arretado!

Não vou tecer mais comentários a respeito do que nesse papo rolou. Muitas coisas. Direi apenas. Histórias. Lembranças e, sobretudo, sobre cultura em feira livre!

Outros encontros virão! Todos, porém, para que sejam bons como esses, todos improvisados. Ah, esqueci: em breve, muito em breve, quase logo, o mestre Hildeberto Barbosa Filho estará estreando em nosso eu Plural! Sem duvidas, mais uma pessoa singular!

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