Uma Medalha de Ouro no futebol para lavar a honra da “Pátria de chuteiras”!

Uma Medalha de Ouro no futebol para lavar a honra da “Pátria de chuteiras”!

Vendo tudo, mas calado. Estou aqui na minha ilha cercada de livros e discos e filmes por todos os lados. Não sou mudo. Mudo fala. Muda. Eu falo. Mudo.

 Daqui tudo vejo e sinto. Ver apenas não basta. Não me basta. Assisto a Olimpíada no Rio. Vez por outra. Pois é um saco a narração dos nossos patriotas narradores. Galvão Bueno em especial. Uma olimpíada que assim como as águas do rio não volta mais. Quem viu, tudo bem;   quem não viu também bem deve estar.

Nada de mais. Não vejo nenhuma importância nas medalhas conquistadas pelos nossos atletas. Não falarei em educação, segurança e saúde. O trivial, mas sempre importante. Muito. Mas as medalhas conquistadas, por mais brilho que tenham, seja em ouro ou prata,não brilham para os meus olhos.

   Tudo bem. A Olimpíada é uma realização para muitos. E o  sonho do nosso Comitê Olímpico é colocar o verde-amarelo entre os “dez melhores”. Ou seja: entre os “países ricos” que disputam medalhas na Olimpíada do chato Michael Phelps e do alegre – mas bastante convencido e por isso mesmo candidato a ser parceiro do Michael Phelps em chatice – Usain Bolt.

O Brasil é candidato a uma medalha de ouro no futebol masculino? Maravilha!  Se ganha da Alemanha que venceu – e convenceu – a seleção principal do verde-amarelo por aquele histórico e inesquecível placar de 7 x 0, a nossa honra estará salva! Lavada! As ruas se encherão de torcedores e patriotas gritando “e campeão! é campeão! é campeão”! E muitos  baterão  nos peitos varonis  e dizendo ser mais que nunca brasileiros como “muito orgulho muito amor”.

 Nessa disputa pela Medalha de Ouro a Argentina seria fichinha,  nossa eterna inimiga. Agora a vez é da Alemanha! Essa que nossa inimiga nunca antes da historia goleada foi um dia. A Medalha de Ouro no futebol conquistada numa disputa com a famigerada seleção alemã valerá por todas que tentamos e sequer dessas perto chegamos!

Ah, uma medalha conquistada pela nossa “pátria de chuteiras” contra uma Alemanha que ainda está atravessada na garganta do brasileiro e nos ouvidos ainda os insuportáveis gritos de Galvão Bueno de “É gol da Alemanha!”, mais que uma lavagem do peito varonil será assim como um resgatar do orgulho patriótico de um país que pode ser do futebol, mas com certeza nunca será  o meu país! Ops!  Nem o de Orlando Tejo e Gilvan chaves e Livardo Alves!

 Tudo por uma medalha no futebol masculino! A honra do país do futebol estará em jogo! Uma medalha no futebol pelo meu país!

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