Foi uma eleição limpa e legítima? Pode não ter sido tão limpa assim, mas foi legítima. Depois de muitos escândalos e negociatas denunciadas antes mesmo de se anunciar o novo presidente brasileiro, finalmente, com algumas urnas quebradas em consequência da revolta – não ainda o motivo – incontida de alguns eleitores a presidenta Dilma, o “poste” lançado pelo ex-presidente Lula, foi reconduzida ao cargo. Nada a reclamar: no fundo do coração deste eleitor não muito alegre bate a alegria de não ter dado o inesperado.
Agora mais uma vez volta a rolar entre os “derrotados” – torço para que o país tenha saído vencedor – o triste ranço da discriminação. Amanheço em mim ouvindo por aqui e em alhures que o “Nordeste” optou pelo velho, o carcomido, o caduco e outras coisas velha mais, enquanto o Sul e Sudeste apostaram em novo país. O Nordeste “escolheu” a candidata petista mais uma vez.
Nada de acirramento do preconceito. Mas não se pode esquecer que o grande cabo eleitoral de Aécio, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, disse no primeiro turno que “O PT está fincado nos menos informados, que coincide de serem os mais pobres”. Eu vi e ouvi. Não esqueço. Tudo porque o Nordeste tanto no primeiro turno quanto no segundo – o Norte também – votou em “massa” na candidata da PT.
Fernando Henrique não apenas disse. Mais que isso: disse e deixou nas entrelinhas que o Sudeste que apoiou em “massa” o projeto político de seu candidato Aécio era de elite, alfabetizado e poderia pensar pela gente. Sacana o ex-presidente não ? Se isso não for discriminação não sei o que vem a ser isso. Não gostei. Não gostamos.
Agora lembrando mais uma vez que o acirramento desse preconceito- Nordeste x Sudeste- não deve vir à tona depois do circo desarmado, um fato ninguém discute: Dilma, embora com a metade do país não a querendo como presidente , é a presidente de todos os brasileiros. Sem exclusão. Sem distinção. Sem preconceito. E fim de papo.