amanheci hoje com aquela vontade de voar para longe de muitas coisas que por aqui nos aparecem como pedras no caminho. mas o nosso voar não é sair por aí com as asas limitadas a um simples decolar e aterrissar com segurança. mais que isso. muito mais.
sair por aí voando sem corona vigilante posto na esquina do nosso medo. sempre assim. as nossas viagens não tinham dia nem hora para temer esse mal que hoje nos leva a permanecer fixos em terra firme. não queríamos “voar” assim.
tirar os pés da terra natal como se dela fugitivos fossemos. vamos, muito em breve, voar por aí com a certeza de esse voo será pleno e seguro. e, na aterrissagem, nenhum medo de sermos obrigados a decolar de imprevisto.
agora estamos caminhando por aqui e seguros de que estamos guardando o que virou moda chamar “isolamento social”. a verdade é que esse mal não veio para ficar. não acreditamos. estamos prontos para lutar e vencê-lo, mesmo antes de um antídoto que em nossos braços, como uma manhã de sol num dia de domingo, venha morar.
somente alegria em nossos olhos e a certeza de que caminharemos em terra firme com a segurança e confiança com que uma criança abraça a outra. vamos em frente. e, neste momento, não importa para onde vamos. sabemos apenas que será em frente. olhar para atrás? nem para nos felicitar pela distância percorrida.
tamos aí.
apesar das pedras no caminho, sentimos que o bom é no final saber que aprendemos muito nesses dias. tantos que faremos dessas pedras os nossos degraus para chegar ao céu.