Para Luiz Carlos Barreto, a vaidade não vai ajudar o Brasil a conquistar a Rússia, como mostra o passado
O jornalista e diretor de cinema Luiz Carlos Barreto publicou um pequeno texto na coluna de Ancelmo Gois, no jornal “O Globo”, falando sobre as Copas que ele cobriu enquanto repórter e fotógrafo da Revista “O Cruzeiro”.
Barretão traz suas lembranças à tona para criticar a vaidade que ronda a seleção brasileira atual, como o penteado extravagante de Neymar na véspera da péssima estreia do Brasil contra a Suíça, ocorrida no último domingo (17), assim como o goleiro Alisson, que bancou a viagem do cabeleireiro de confiança para cuidar do estilo dele antes de pisar nos gramados russos.
“Como repórter e fotógrafo da Revista ‘O Cruzeiro’, cobri quatro Copas — 1950, 1954, 1958 e 1962. Vi os mestres Zezinho, Danilo e Jair Rosa Pinto se revelando diante da imprensa mundial, com um futebol de sonho e magia. Vi Didi, Nilton Santos, Pelé, Garrincha e cia. soberbos, desbaratando e subjugando austríacos, ingleses, russos, franceses e suecos no reconhecimento e consagração do futebol arte”, começa o cineasta.
“Vi, na Copa de 1970, não mais como jornalista, mas como homem de cinema, Carlos Alberto, Clodoaldo, Jairzinho, Gerson, Rivelino, Tostão, Pelé e cia. confirmarem e reafirmarem a fantasia e o fascínio do estilo brasileiro, trazendo para o Brasil, em definitivo, a taça Jules Rimet. Tudo isso foi feito sem a preocupação de penteados, cremes, protetor solar, chuteiras coloridas e sem… cabeleireiros importados”, finaliza.
Concorda com Barretão?