Professor: é Dilço que o povo precisa!
o professor e placa-homenagem pelos serviços prestados à Cagepa.

Professor: é Dilço que o povo precisa!

Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina. – Cora Coralina

o professor e  José Mota Victor

o professor e José Mota Victor

Foi preciso que eu perguntasse quantos anos, afinal, tinha o nosso amigo Dilço – sempre o tratei pelo prenome, o “professor” nunca foi necessário – na Companhia e em nossa companhia. Catorze. Respondera um mais próximo. E se digo mais “próximo” é porque estou considerando o tempo distante que passei dele e dos colegas.

O professor Dilço Franco das Neves – assim foi registrado – estava há catorze anos ensinando e aprendendo com colegas da nossa Companhia e em nossa companhia. Não estranhem esse “aprendendo”. Pelo muito que conheço Dilço, esse “muito” ai fora da empresa em que deixou sua marca e que tão cedo se apagará, sei que ele as sabe muito bem que somos nesta vida eternos aprendizes.  E que quanto mais brilhante for o professor, mais terá que aprender.

Ensinar para aprender e aprender para ensinar. Esse foi e sempre será o lema de todo professor consciente de sua arte de ensinar.  Dilço sabe disse. Tem mais: nem ele nem ninguém com as suas qualidades será descartado como uma peça incapaz de fazer girar a roda da vida. Todos são necessários, Dilço, alguns, porém, imprescindíveis.

Há um ditado sueco e Dilço disso (sic) também deve saber, que serve muito bem para ilustrar o momento: “Não jogue fora o balde velho até que você saiba se o novo segura água”. Pois é, Dilço, nós, pois nesse barco também navego, acompanhado de muitos colegas da empresa, ainda somos capazes de segurar muita água pela vida.

O professor Dilço, finalmente, depois de décadas dedicadas ao ensino e aprendizagem, voltou ao ponto de partida: à família.  Hoje carregando uma serenidade em poucos rostos vista, ainda cheio de descobertas e preparado para mostrar essas descobertas para alunos e amigos, afastou-se da empresa onde por catorze anos espalhou conhecimento e amizade.

Na verdade não sei se Dilço estava preparado para “deixar de nos ensinar”. Isso: mesmo fora de uma sala de aula, o professor nunca deixará de mostrar aos alunos aquilo que é capaz de ver e muitos não veem.  Mais: ensinar aos que não sabem e precisam aprender.  O professor ensina mesmo aquilo que muitos acham estar sabendo. Não existe um limite na aprendizagem. Nem no ensino.

No entanto, mesmo experiente e sabendo muito desta vida, Dilço costuma dizer – assim o fez para um aluno mais próximo – que tudo nesta vida era passageiro. Tudo. E tem razão o professor. E, por favor, não venham com a aquela história engraçada de que entre esses – os passageiros – motorista e cobrador são exceções.

A eternidade ficou para Deus.  E somente esse sabe e tem consciência dela.  Mas Dilço, apesar de mortal, pelos amigos que por aqui conquistou e foi conquistado por eles, carregando em sua simplicidade o professor que nunca deixou de ser, o bom caráter que sempre foi, tão cedo será esquecido pelos colegas. Sejam esses alunos ou não.

Por fim, estamos conscientes de que por esta empresa passou um sujeito que deixou sua marca indelével na sua – a empresa – historia. Trabalhou. Fez amizade. Contou histórias e piadas. Espalhou seu conhecimento cheio de energia e disposição para mostrar o que fazia e como deveria ser feito. Acabou o show?  Não, Dilço, o show entre os teus e os mais próximos continuará. Hás de continuar professor.  Sempre. E isso é mais que uma vocação – é conquista.

Foi uma festa onde os amigos não disseram nada de “adeus”, mas um “até logo” ao bom professor. Na oportunidade, por iniciativa de todos os que fazem a Diretoria de Operação e Manutenção da Cagepa, na pessoa do seu Diretor José Mota Victor, com a sua secretária Vanda de Cássia dando o tom da homenagem, foi realizado um “preito de gratidão”, em placa gravado, ao professor Dilço Franco das Neves. Assim, nomear os presentes, ficou difícil. Só uma coisa: o professor sentiu o quanto era – e continua – querido por todos.

Segues em paz, Dilço. E,  em nome de todos os colegas,  muito obrigado  pelo legado que deixaste.

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