Conto o dia: ontem. O turno? Também: tarde. Pois bem. Nessa tarde, a Rosa eu esperamos exatamente três horas e meia para – simplesmente – mostrar uns exames ao médico de plantão. Pois é. Mas não pensem os senhores que estávamos numa fila do SUS (Seu Último Suspiro). Graças a Deus! Foi pago e muito bem pago. Só não senti que esperávamos Godot, esse que nunca veio, porque sabíamos – fomos avisados – que o difícil “Godot médico” chegaria.
Nem conversamos como os dois vagabundos de Samuel Beckett. Não dava. O tempo foi maior que o da peça. Sobrariam Atos e gestos. Quase um pesadelo. Lembro aqui que um dia disseram: “Os médicos pensam que são deuses, mas são os nossos magistrados que a certeza disso têm”. Não são. Agora que alguns médicos/magistrados assim não pensam, mas deuses se acham, certeza disso tenho eu. E se fosse pelo Sus? Não era nem seria. Pausa. Vou me encontrar com o Godot…