Joãosinho Trinta no ritmo de Matheus Nachtergaele

Pegue uma copia muito ruim do filme sobre Joãosinho Trinta. Coloquei no meu videohometeather e achei uma merda. Parei no comecinho. O motivo? Não quero estragar o filme numa primeira impressão cheia de falhas. Vou esperar um pouco mais. Não vai demorar. Quem sabe hoje, sábado, no centro da cidade, encontre uma cópia melhor. Mas, por enquanto, eu que não gosto de release, sabendo ainda que o que segue release não é, resolvi trazer uma breve apresentação para esse meu leitor  que gosta de cinema.

Trinta, em cartaz, é resultado de determinações. A primeira cabe ao próprio homenageado, expressão adequada a esta cinebiografia ficcional do carnavalesco Joãosinho Trinta (1933-2011), que saiu do Maranhão para ser bailarino no Rio de Janeiro. Tomou outro rumo. O outro empenho deve-se ao diretor Paulo Machline, quando há mais de uma década iniciou o projeto, primeiro como documentário, agora em um recorte de vida e obra que não condiz com a figura popular de campeão da Beija-Flor, por exemplo.

Ou melhor, chega a tocá-la, uma vez que retoma a fase de seu surgimento até a ascensão no carnaval. Franzino, João Jorge Trinta desafia as convenções ao integrar o corpo de baile do Teatro Municipal. Insatisfeito, pois ofuscado, passa aos figurinos e dali para o Salgueiro como João das Alegorias. Até o triunfo em 1974, seguido por um bicampeonato, serão tempos de inocência e explosão de ânimo, em uma das poucas análises de ambivalência de caráter que fariam bem ao filme. Numa última opção determinante, a escolha de Matheus Nachtergaele, de medidas miúdas e de grandeza como foi Trinta.

 

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