Não adianta nunca você querer inventar paixões

Não adianta nunca você querer inventar paixões

Por Anco Márcio – em 07/02/2007 às 00h00

Nunca queira inventar amores e paixões. Essas coisas surgem quando você menos espera, brotam de dentro do peito assim como brotam as flores silvestres sem que ninguém as plante. Nunca fique tentando forçar e achar que todas as coisas do coração são conseguidas com muito esforço.

Essas coisas são fáceis e somente vêm, como eu já disse, ao acaso, nunca acontecem por sua vontade própria, ou seja, você nunca se apaixona por alguém pelo simples fato de querer se apaixonar, você nunca ama apenas por estar com vontade de amar, você nunca quer pelo simples fato de querer.

Vá andando, vá vivendo, que um dia na rua, num sinal fechado, num esbarrão, você encontra a pessoa de seu destino, aquela com quem você haverá de viver, se não eternamente, pois as paixões eternas não existem, mas pelo menos uns bons dez ou doze anos. Nunca pense que as coisas são para sempre.

Como sei disso? Ora, eu já vivi muito, já me apaixonei muito, já enlouqueci de paixão e desejo, já vivi coisas que me pareceram eternas e que mais tarde se mostraram efêmeras, passageiras e que hoje só me fazem sorrir ao lembrar dalas, das bobagens que eu fiz e fazia em seus nomes.

Repito: nunca queira amar alguém só por que esse alguém lhe pareceu simpático, correto e agradável.As grandes ´paixões podem nascer por alguém antipático, incorreto e desagradável e você nunca saberá por que a paixão nasceu assim como o mato rasteiro que somente arrancado à força de enxada.

O amor não mede distancias para chegar e também não mede distancias pra ir embora, as coisas acontecem ao sabor da natureza, da livre natureza que Deus botou nos homens e mulheres, a livre natureza que existe dentro de cada um de nós e de repente, floresce.

Nunca force o amor. O amor forçado é ridículo e ineficaz. É covarde e inescrupuloso. É fraco como são fracas as ervas. Tem gosto de mato do mato, tem gosto de arbusto daninho, tem gosto de sol e sal. Nunca force o amor, que um dia ele virá mansamente para você, bailando suavemente no ar…

 

EM TEMPO: criamos em comum tantas histórias e muitas inventamos.  textos para isso e aquilo. poeminhas sacanas e não. jornal (de Festa), roteiros para isso e aquilo. posso dizer que era um de seus poucos amigos. pouquíssimos. anco márcio era amigo dele mesmo. o único e mais fiel. hoje, manhãzinha , cabeça, coração e alma só pensamento no filho, esse em franca recuperação – daqui a pouco  irei visitá-lo e tê-lo, se assim for possível, ainda mais próximo – , mexendo nessas coisas de Internet que guardo comigo, encontrei essa singela e bela crônica do filho de seu Severino e dona Isaura. nenhuma dúvida: anco foi mesmo tudo aquilo que dizia ser.

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