Acho que essa é lá dos distantes anos de 1933. Distante ano? Tudo bem: distante ano. Noel Rosa. Um craque na ironia. Cronista de mão e cabeça cheias. Bem que eu poderia traçar algumas mal-traçadas a respeito da “honestidade” dos políticos ladrões que são mais honestos do que nós – estou nesse meio – concursados. Mas achei por bem me valer do craque Noel. “Onde está a honestidade?” Não sei se o Lula sabe. Acho que não. Nem ele nem a sua caterva. Mas, afinal, o que fazer? Chamar a polícia, como pediu um dia o bom Fernando Teixeira, ou o ladrão, como fizera o Julinho da Adelaide?! Não fiz uma coisa nem outra: chamei o Noel!
“Você tem palacete reluzente
Tem jóias e criados à vontade
Sem ter nenhuma herança nem parente
Só anda de automóvel na cidade
E o povo já pergunta com maldade:
Onde está a honestidade?
Onde está a honestidade?
O seu dinheiro nasce de repente
E embora não se saiba se é verdade
Você acha nas ruas diariamente
Anéis, dinheiro e até felicidade” – Noel Rosa