por isso que mesmo plural, sou apenas um

por isso que mesmo plural, sou apenas um

Votando aos poucos para o Eu plural de onde nunca saí. Digo isso de forma singular. Única. Aqui neste “espaço plural” não sou “apenas” amigo desse rei que vale ouro. Estranhem não. Sou assim quando amanheço nas segundas com resquícios de um domingo somente dormir e cantar.

Mas não cantei ontem, dormi. Apenas. Um pouco. E só canto quando o silêncio em mim sente vontade de ouvir a minha voz. Tudo que penso – e muitas vezes até mesmo o que não – ou acho que estou pensando é aqui espalhado. Não vou ao “livro das caras”.  Nunca. Não preciso. Tem mais: não suporto quem inventa de lavar suas – delas, – roupas podres na máquina lavatória dos olhos de outrem.

Tem coisas que só acontecem comigo e com os meus. Todo o dia. Não o dia todo. Mas não saio por aí gritando a minha dor nem economizando o meu silêncio. Nada disso! Tudo fica comigo e não abro mão nem o peito para dizer ao mais próximo o que posso curtir distante dele.

Trocando em miúdos? Troco: não leio desaforos nem lamentos de outrem que não me digam mais que desaforos e lamentos. Se nunca fui de desaforear (sic) , lamentar fui muito menos. Mesmo que tenha ouvido e nunca curtido os mais diferentes lamentos alheios. Desaforos? Esses não!  

Mas o fato é que ultimamente tenho i apenas morado dentro de mim,  e  sem pagar aluguel. Melhor que abrir a porta do peito e ser surpreendido com olhares tipo seca-pimenteira.  Em síntese: não faço do “livro das caras” o meu dívã de flamenguista. Pausa. Desculpem: de analista. Seja esse de Bagé ou não.

Estou voltando. Cervejas para gelar? Nem pensar. Agora é vinho!

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