saudades do “louco” e maldito walter franco

“Tudo é uma questão de manter a mente quieta a espinha ereta e o coração tranquilo “.

walter franco

Muitos me perguntarão, ” E daí, 1berto? Somente os loucos são capazes de entender um “louco” desse!”. E receberão  de mim o meu (claro, se é de mim, 1berto, é teu, ou melhor, meu!) costumeiro e respeitoso silêncio diante de perguntas assim.

Ouvi durante muitos anos esse “desprezo” de muitos pela obra desse genial maluco que nada ou pouco tem da beleza daquele outro  Maluco Beleza. Esse também é genial. Foi. O mantra – é um mantra sim – aí pega muito bem nesses loucos dias de hoje:

- “Tudo é uma questão de manter a mente quieta a espinha ereta e o coração tranquilo “.

O coração tranquilo é bem possível. A espinha ereta também. A mente quieta não.   Isso [e  impossível. Ou quase. Um estado zen que poucos conseguirão. Pausa. Acho mesmo que ninguém. Nem vou tentar. 

O  vanguardista – era sim –  Walter Franco trocou de roupa e se mudou para outra cidade no ano de 2019. Nada de bossa nova e menos ainda de tropicalismo. Walter era a própria vanguarda que carregava em suas composições.Seja Feita a Vontade do Povo”, “Coração Tranquilo”, “Respire Fundo” e “Vela Aberta”. Pelo menos uma dessas  foi ouvida por um dos meus dois leitores,  o ouvinte não desconfiou de quem fosse, nem esse “fosse” procurou saber. Walter Franco.  São deles esses clássicos da vanguarda (sic).

Uma curiosidade: a sua canção de belo título “Não se queima um sonho”, foi defendida pelo nosso Geraldo Vandré, no 1º Festival Universitário da TV Tupi, em São Paulo, em 1968. 

Vale a pena lembrar que a  “Cabeça”  – aquela do “Que é que tem nessa cabeça irmão” – de Walter Franco ganhou para a alegria alienante  do ”Fio maravilha”  – aquela que todos sabaem – do então Jorge Ben. Mas os “homens” não gostaram. Então destituíram o júri que a escolheu como vencedora, composto por Nara Leão, Júlio Medaglia, Décio Pignatari, roberto freire e Rogerio Duprat (como poderia esquecer!), e meteram a carnavalesca Fio maravilha.

Não é história de Trancoso, tudo é verdade, como diria o Orson Wells.

Agora, nesse momento, nessa pandemia só loucura, estou ouvindo o “louco” Walter Franco. As “loucuras” do genial Walter Franco.

WALTER-CAPA

 

Canta, poeta!

“Viver é afinar o instrumento
De dentro pra fora
De fora pra dentro
A toda hora, todo momento
De dentro pra fora
De fora pra dentro
A toda hora, todo momento
De dentro pra fora
De fora pra dentro”

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