Vale a pena contar de novo!

Vale a pena contar de novo!

Taí, confesso que já estava esquecido! Faz tanto tempo! Mas, agora, manhãzinha logo cedo, lembrando os tempos em que o meu mundo começava na Rua João Machado – uma distância “enorme” da Rua Senhor dos Passos e 12 de outubro – passava pela Mata do buraquinho e terminava no Sítio de Dona Zaíra, lembrei-me que nasci mesmo numa quarta-feira como esta. Coincidência? Eu acho. Pois nem todos os dias 22 de outubro caem – e se levantam – numa quarta-feira!

Pois é. Foi num dia parecido – nem um dia é igual a outro, mesmo sendo ele todo dia quarta-feira – com esse que este escriba e Malabarista Palavras, vestindo a roupa que ainda veste – espera ainda usá-la por muitos anos –, veio morar nesta cidade. Se houve festa? Também. Mas a festa maior aconteceu antes, no útero bento de Dona Chiquinha. Um festão! Afinal seria a primeira vez que iria sair da minha ilha cercada de água por todos os lados, para desaguar no meu bairro Jaguaribe, essa ilha “cercada de mim” por todos os lados!

Se a memória não me falha, para ser mais claro, nasci pela manhã! Embora, pela cor que trouxe na pele, essa que nunca desbota e gosto dela como se fosse a única que tenho, alguns possam até achar que por aqui aportei no começo, meio ou fim da noite. Talvez por isso mesmo, nascer nasce pela manhã, amanheça todos os dias cada dia mais novo. Renascendo com as manhãs, perseguindo novas manhãs, descobrindo novas manhãs.

Tem tudo a ver. Não sou um notívago, mas um sujeito diurnal. Feio, eu sei. Mas esse é um dos antônimos – vocês sabem o que é – mais conhecidos para essa outra palavra feia. Notívago. Entretanto (epa!), o diurnal sujeito que sou, fica bonito quando não raras vezes falo no “movimento diurnal das estrelas criado pela rotação terra”. Parece um poema, não? É… Parece. Embora ache que todo sujeito que consegue parar e observar momentos assim, como arco-íris ou o movimento de um girassol tem muito de poeta.

 Ah, pois é. Nasci numa quarta-feira! Sou um produto do meio… Da semana! Sou, assim como diria se baiano fosse, o que nunca desejei, pois ser parahybano e nascido no bairro de Jaguaribe foi tirar o prêmio maior no “mapa mundi”, filho de Iansã, assim como todos os nascidos nesse dia, esposa de Xangô, deusa dos raios, dos ventos e das tempestades! Sou católico! Filho de Santa Bárbara, protetora contra raios e tempestades e trovões! Sou, afinal, filho do Compadre Heráclito e Dona Chiquinha!

 Salve o dia 22 de Outubro!

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2 comentários

  1. 1Berto, não és o 1, mais, um universo de sabedoria. Parabéns e que Deus te abençoe, pois eis uma abençoado.
    Surfando sua sabedoria no Rio Jaguaribe. Um abraço

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