ELEIÇÃO PARA APL: Milton e # Ney não.
Ney Suassuna x Milton Marques Júnior. A recíproca também é verdadeira. Milton Marques x Ney Suassuna. A eleição para a nossa Academia de Letras está acontecendo. Começou – diz o jornal – às 8h e termina às 12h. A disputa parece acirrada. Parece. Apenas. Não será. Acredito que a diferença de votos entre os concorrentes passará dos 15 votos.
Pelas contas deste MB que nunca pensou em se imortalizar numa cadeira de Academia, todo o respeito aos amigos acadêmicos, imortais, num dos lados prevalecerá o poder econômico. Por aí. No outro, esse em que estaria este MB se “imortal” nesse momento fosse, as qualidades intelectuais (deixem assim mesmo) do candidato. Uma observação: não veja essa “qualidade” pelo “numero” de livros publicados do candidato. O nosso Augusto dos Anjos é um excelente exemplo. Livros escritos não qualificam o escritor.
A propósito, mudo de parágrafo, assim mesmo, propositadamente, mas não saio do assunto. Conheço muitos “escritores” com quase uma centena de livros publicados e centenas outras escritos, esses guardados na gaveta do anonimato, um lugar de onde nunca devem sair. Pausa. Nem saírem deve… Pode? Pode. Então vamos lá.
Agora, nesse exato instante, pesco neste espaço internético a relação dos imortais da nossa Academia de Letras. Uns quinze por cento devo conhecer. O bastante? É. Afinal não é todo o dia que um cidadão comum, mortal, conhece um “imortal”. Alguns desses de perto eu conheço. Mas, diferente do que contam por aí, todos são normais. Pois é. O “contam por aí” se deve ao fato de que ninguém ainda me disse de quem é essa frasezinha besta– “de perto ninguém é normal” – e disputada por muitos. Caetano Veloso, Freud, Tolstoi ou Pablo Neruda?
Porém, como eu dizia e continuarei dizendo, pelo menos por mais umas dez ou vinte linhas, acredito que nessa eleição prevalecerá o bom-senso entre os “imortais”. Em que votaria? Respondo apenas concordar em número, gênero e grau – lugar comum? tudo bem. – com esse filho de Uiraúna, Nêumanne Pinto, que ao ser perguntado porque atiraria no lixo as obras do candidato Ney Suassuna foi Direto ao assunto: “Porque essas só merecem o lixo!”.
Não serei tão Direto assim. Nunca li nada de Ney Suassuna nem pretendo. Mas quem sabe um dia alguém me indique um de seus lixos… desculpem, livros. Agora quanto a Milton… Ora bolas! Nada de Paraíso perdido, os seus escritos são um achado.
Encerrando estas cada vez mais mal-traçadas, dando uma espiada na relação dos “votantes imortais”, acredito que Gonzaga Rodrigues, Hildeberto Barbosa Filho, Eilzo Matos, Ângela Bezerra de Castro , Nêumanne Pinto (esse não tem nada de profecia), José Octávio, José Mario, Octavio Sitônio e Carlos Aranha (nenhuma dúvida) são Milton até a apuração. Os outros? Não sei. Ali é um inferno! E o meu injustiçado imortal Evandro Nóbrega sabe muito bem disso.
Pois bem, quem viver votará!
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2020-01-17