Nesra fria manhã de segunda-feira amanheço mais uma vez sob um sol ensaiando a luz que nos guiará. Caminho. Caminhando. Caminhemos.
Poemas que que alimentaram o meu sono na noite passada estão ainda atravessados na garganta. alguns q não desceram a ladeira dos sonhos.
Por quê ?
Ora, bolas ? Nao. Oro versos. Às vezes. Os seus – dos poemas, dos poetas não – “pés quebrados” insistem em resistir a travessia entre a garganta e estômago.
Lembrei-me do Paulo Leminski:
“um bom poema leva cinco anos jogando bola/mais cinco estudando sânscrito/seis carregando pedra/nove namorando a vizinha/sete levando porrada/quatro andando sozinho/três mudando de cidade/dez trocando de assunto/uma eternidade, eu e você, caminhando junto”
Sentiram ? Pois sintam. Os poemas dos meus poetas passam por “essa garganta” como se fossem taças do melhor dos vinhos.
Viva a poesia!
Vivam ( assim no plural) os meus poetas!
Caminhar é preciso, poetar também.