advogado agora agoniza

ele é advogado. o seu escritório era – passado, passado – no ponto de cem réis. centro da capital parahyana. não pensem que falo do centro que nesse ele tinha um escritorio. não. era ali mesmo. o seu escritório  que tinha cadeiras e máquina de escrever – não me lembro da exisencia de um computador – era apenas um lugar para repouso. foram INÚMERAS às vezes que o encontrei contando a  outros colegas mais uma defesa que fez de um cliente que julgava inocente. o incrível era o profissional. foram muitas as defesas feitas apenas pelo prazer de um inocente – esse julgado por ele – defender. ele gostava e muito de atuar nesse campo. assistiu a muitos filmes de policias e bandidos e se empolgou com os advogados que nesses atuauvam. nem sei se viu doze homens e uma sentença. talvez. agora ele nem se defender ele pode. prostrado no leito velho que mal cabe o seu  corpanzil – um metro e oitenta, por ai – espera a morte chegar. espera não. há puoco soube que ele nem sabe mais o que está fazendo nesta cidade. a roupa que usa não tem mais nem um valor. essa que ele deixará por aqui e servirá de comida para os vermes. o irmão bem de vida sabe da vida final do irmão. um doente terminal. ainda quando ele sabia as horas que o trem passaria,  sem qusiquer sentimentos de compaixção, ofereceu-se para comprar os moveis de escritorio onde reposuva e preprara a  defesa para os mais fracos e oprimidos. assim mesmo. ao ouvi-lo dizer que não tinha mais condições, pois contra esssa doença não havia advogado que lutasse e ganhasse a causa, se ofereceu para comprar o que ele conquistara com os poucos clientes que alguma coisa  pagava pelo seu trabalho.  o nome do irmão não é caim. um suejito que posa de bon vivant e não está nem aí para a nada boa vida que leva o irmao.

 

 

A terminalidade parece ser o eixo central do conceito em torno da qual se situam as conseqüências. É quando se esgotam as possibilidades de resgate das condições de saúde do paciente e a possibilidade de morte próxima parece inevitável e previsível. O paciente se torna “irrecuperável” e caminha para a morte, sem que se consiga reverter este caminhar.

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