É isso mesmo com ph de Pharmacia. Sou viciado em feiras. Todos sabem. E sendo essa a feira de Jaguaribe, esse bairro que é a minha república independente, meu berço, rede e cama, aí é que o vício se torna maior ainda.

 Nada me vicia. Nada. Não sou viciado nem em dia de domingo pela manhã. O sábado a ainda me pega bem. Eu gosto do sábado. Talvez seja mesmo pelo vazio que ele carrega. 

 Hoje a feirinha de jaguaribe foi triste e doída. Era assim que eu deveria ter começado estas mal-traçadas. Não pelos preços que são bons e os produtos melhor ainda. A pracinha. Essa mesma. A recém-inaugurada de que falei um dia neste hoje mais que nunca meu espaço-plural. Por que hoje mais meu do que nunca? Explico a seguir.

 Simples: o Feicibuque que me tirava o foco e não raras vezes o vazio desse saco cheio de ouvir todo dia alguém me perguntar se “chamava a polícia ou o ladrão”, agora sou corpo e alma plural. Cabeça, tronco e membro.

Aqui faço deste espaço o meu divã com travesseiro e almoçada para os pés. Pois é. A pracinha de Jaguaribe, essa também chamada de mercado público, me pegou de vez. Não posso evitá-lo nas quartas-feiras. Nesse dia essa ferinha é o meu point e passarela para o meu olhar curioso.

Agora essa ferinha… Não, a ferinha não, o espaço dessa pracinha que virou um “fumódromo”de matar de inveja aquele espaço outro   onde hoje se escuta os estertores de um sabadinho que já foi bom um dia.

Se estou denunciando isso ou aquilo? Ó Ledo Ivo, engano de quem pensa assim! Isso é o mínimo. Nenhuma denúncia para esse céu que hoje não está mais brigadeiro. Deixem a fumaça subir!   Sofro mesmo é pelo abandono rápido de uma pracinha que bem poderia ser um dia uma réplica daquela que inspirou aquela musiquinha do final (quase, quase, 1967) dos anos sessenta.

 

Tempos bom, hein?

 

A mesma praça e os mesmos bancos de uma pracinha que a gente carrega dentro do peito, e senta em seus bancos nos intervalos da saudade.

Em tão pouco tempo a profecia deste MB respondeu presente: “essa pracinha não vai demorar para virar um lixão”. Disse no dia de sua inauguração.  Nenhuma fiscalização. Pelo menos essa eu não vi. Um mato de esconder toda aquela lama que um dia dissera ter sido retirada da nossa Lagoa hoje somente lama. E não tem tapete que esconda!

 Mas a pracinha virou mesmo um fumódromo. A noite são muitos os “vagalumes fumacentos” que iluminam essa que um dia foi um paraíso para os meninos sem chuteiras. O s lembrado campo do ABC. Da Vila. De venelipe. E nomes outros que nunca mudarão a imagem paradisíaca que nós meninos-jaguaribe ainda dele temos dele.

 

 E haja fumaça. E haja lembranças e haja abandono.

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