Difícil fugir do lugar comum. Não fujo. Nem poderia. Ele nasceu por aqui mesmo. Mais precisamente – os mais velhos tiveram a felicidade conhece-lo por aqui ainda menino – na Avenida Almirante Barroso. Hoje a casa em que nasceu é “propriedade” do Supermercado Extra. Ficava ali mesmo onde hoje o supermercado expõe os pneus para possantes Corollas e Hondas que não existiam em seu tempo.
Amanhã Geraldo Pedrosa de Araújo Dias – o Vandré não – estará fazendo oitenta e quatro anos. Vou repetir em numeral: 84 anos. Pausa. Sei que vocês sabem. Pausa. Falo sobre os meus dois leitores. Esses que me acompanham singularmente neste espaço Plural. Sempre estou lembrando o filho do Dr. José Vandregíselo e Dona Maria Martha. Tenho três Lps dele. Geraldo Vandré, Hora de Lutar e Das terras do Benvirá. Escuto-os sempre. Esses mais gostosos do que qualquer Cd. Os viciados nessa “bolacha” não discordarão.
Não acrescentarei nada de novo, Apenas espalharei neste espaço o que sei e vi e li e vivi nos tempos de Vandré. Vocês sabem. A arte de Vandré é atemporal. E longa. Maior mesmo que a vida. Muitos talvez não achem. Esses são poucos. Um exemplo? Disparada, Para não dizer que não falei das flores e – poucos falam, porém muitos sentem – Pequeno concerto que virou canção nunca se apagarão da história da melhor Música Popular Brasileira. Eu não apagarei.
Em sua homenagem, essa que poderia ter sido há muito feita dando o seu nome ao nosso Centro de Convenções ou obra outra que tivesse o tamanho do merecimento do homenageado, por exemplo, apenas espalharei o que encontrei no caminho dos livros que cercam a minha ilha. Não houve muito critério nessa escolha. Melhor: nenhum. Homenagem apenas. Momentos difíceis. Tristes alguns, Mas todos vividos com dignidade por esse senhor de oitenta e quatro anos vividos bem ou mal. Vale a lembrança. Mais ainda a homenagem
Louco ou lúcido? Loucura ou lucidez? Foi preso ou não? Torturado ou não? Saiu na hora certa ou não? Matou a sua criação de livre e espontânea vontade, ou foi obrigado a matá-la ? nada direi. Não opinarei. Tudo o que tinha de escrever/falar sobre esse “mito”, assim foi feito. Homenageá-lo. Dar-lhe os meus parabéns e de toda a terra onde nasceu. Todo o pais que cantou e por ele sofreu. Nada mais.
Fala, aniversariante!
(Amanhã ele falará, prometo)
Em tempo: Se hoje é um dia de festa, não sei o motivo a lembrança: “A dor que foi maior do que é capaz meu coração…” É Vandré, doeu na gente também.
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